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Em visita, Dilma será cobrada por conclusão de obra da Petrobras em MS

Direção da Petrobras teria afirmado ao Governo do Estado que obra será retomada em 2016

Publicado em 29/10/2015 14:09

Obra está parada e causa prejuízos a toda a cidade (Foto: Arquivo/Correio do Estado)

A visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Três Lagoas, nesta sexta-feira (30) será exclusivamente para lançamento da pedra fundamental que marca a ampliação da fábrica de celulose Fibria. No entanto, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) garantiu hoje que cobrará da presidente a conclusão das obras da fábrica de fertilizantes da Petrobras, que está suspensa desde a crise instalada na empresa.

Em agenda pública na manhã de hoje, Reinaldo disse que apesar de a Petrobras ter confirmado que em fevereiro do ano que vem lançará edital a fim de buscar novo parceiro com objetivo de finalizar a construção da fábrica, a cobrança será feira a Dilma.

“No ano que vem, pelo que nos disse o diretor de gás e energia será equacionado o novo parceiro privado”, completou.

OBRA PARADA

Em maio deste ano, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 36.041.213,89 nas contas das empresas Galvão Engenharia S.A. e Sinopec Petroleum do Brasil LTDA, as quais constituem o Consórcio UFN III, responsável pela obra da fábrica de fertilizantes da Petrobras.

A ação civil pública foi ingressada pelo Ministério Público Estadual (MPE/MS), visando condenar as duas empresas e a estatal Petrobras em responsabilidade subsidiária o pagamento do calote a fornecedores na execução da obra UFN III na cidade de Três Lagoas.

Segundo a promotora de justiça Ana Cristina Carneiro Dias, para a construção da unidade a Petrobras formulou contrato com as empresas Galvão Engenharia S.A, GDK SA e SINOPEC, que formaram o Consórcio UFN III para a construção do empreendimento que perdurou até dezembro de 2014, quando a estatal rescindiu o contrato alegando que não teria sido cumprido. Pouco antes da rescisão, a Petrobras concedeu adiantamentos de aportes de recursos ao consórcio para pagamentos dos credores, o que não aconteceu.

As obras foram paralisadas e os empresários fornecedores, em sua maioria de Três Lagoas ficaram com um crédito de quase trinta e sete milhões de reais, sendo que a insolvência do consórcio vem causando graves prejuízos à economia e sociedade local.

Em cumprimento à decisão judicial, já foram bloqueados R$ 36.041.213,89 (trinta e seis milhões, quarenta e um mil, duzentos e treze reais e oitenta e nove centavos) da Petrobras, devido à inexistência de valores disponíveis em contas bancárias das empresas do consórcio.

Os credores deverão requerer a liberação de seus créditos mediante ações judiciais individuais.

Fonte: Correio do Estado/Aliny Mary e Kleber Clajus

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