Chuva pode atrasar colheita de milho em Mato Grosso do Sul

Com uma frente fria 'estacionada' em Mato Grosso do Sul, a previsão é de que a chuva continue até quarta-feira (31). Nestes três dias, o maquinário não vai para o campo, e isso pode atrasar a colheita de milho safrinha, que está em pouco mais de 70%, segundo último levantamento da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul).

Nesta segunda, o tempo está nublado em todo o Estado, em cidades como Sete Quedas já choveu 24,6mm. No acumulado do mês, Sete Quedas lidera o ranking estadual de volume de chuva, seguido de Costa Rica, onde já choveu o dobro do esperado, um dos principais municípios produtores do grão.

A região central, maior acometida com as áreas de instabilidade, é a mais atrasada na colheita do grão. No último levantamento, a área colhida estava em 61,1%, e na região sul 72,4%. A região norte é a mais avançada, com percentual em 81,7%. Nos municípios de Coxim, Pedro Gomes e Sonora, a colheita já está concluída.

“Agosto, normalmente, é um mês seco, e como o milho já está sendo colhido não é tão problemático. O que vai acontecer é que os produtores vão dar uma segurada na colheita por esses dias”, afirma o analista de grãos do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do MS), Leonardo Carlotto. De acordo com ele, em Costa Rica falta 10% da área a ser colhida, e Ponta Porã também já tem cerca de 90% da colheita finalizada.

A projeção da Aprosoja/MS é de que a produção do Estado fique em torno de 6,2 milhões de toneladas de milho, com produtividade média de 59,9 sc/ha. O resultado está 31,83% menor que o verificado no ano passado, de 9,1 milhões de toneladas.