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Laudo federal aponta notas frias e derruba defesa contra delação da JBS em MS

Produtores e frigorífico teriam emitido notas em favor de Reinaldo

Publicado em 27/07/2017 14:18

Conforme o Jornal Midiamax adiantou em 5 de junho, seguir o ‘caminho dos bois’ poderia comprovar, ou não, a delação de Wesley Batista, do Grupo JBS, que revelou suposto esquema de pagamento de propina em Mato Grosso do Sul em troca da concessão de benefícios fiscais. E o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) confirmou que ao menos parte do gado vendido por agentes públicos ligados ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nunca foi entregue nas unidades da JBS em MS.

A reportagem teve acesso a um laudo oficial da União, emitido pela superintendência regional do MAPA, atestando que as notas fiscais entregues pelo empresário Wesley Batista à PGR (Procuradoria-Geral da República), no acordo já homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), são frias, ou seja, o produto nunca chegou aos frigoríficos do grupo.

De acordo com o documento, uma das unidades da JBS em Campo Grande ‘não tem registros de entrada com reinspeção das mercadorias constantes na relação das notas fiscais informadas referentes aos produtos, Carne Resfriada com osso (res casada de boi) e Carne Congelada de Bovino sem Osso (carne industrial)’.

As notas fiscais em questão foram emitidas pelo frigorifico Buriti e somam cerca de R$ 12 milhões. Apesar de afirmar que não houve entrada da mercadoria na unidade da JBS, a superintendência regional do MAPA faz uma ressalva, de que somente uma operação contábil/comercial, de iniciativa própria das empresas, poderia redirecionar essas mercadorias.

O documento foi emitido há duas semanas, por Celso de Souza Martins, Superintendente Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul. O empresário Paulo Chramosta, responsável pelo frigorifico Buriti, nega as irregularidades e diz que a JBS é a ‘empresa mais nociva do país’. “Nossas notas fiscais são verdadeiras, não existe nota fria”, limitou-se a dizer.

Mídiamax

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