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Puccinelli é removido de lista de acusação na Coffee Break

Processo cível poderia atrapalhar candidatura de ex-governador

Publicado em 20/03/2018 19:56

Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado

O ex-governador André Puccinelli (MDB) foi removido da lista de acusação da operação Coffee Break por unanimidade, após julgamento na 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). O julgamento foi na tarde de desta terça-feira (20). O político foi investigado por supostamente participar de esquema montado para cassar o então prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).

Tendo como relator o desembargador Sérgio Martins, os magistrados Marcelo Câmara e João Maria Lós também votaram a favor da retirada de Puccinelli do processo cível, que previa pena que poderia deixar o ex-governador inelegível.

O Ministério Público Estadual (MPE) alegava que existiam indícios de que Puccinelli, então governador do Estado, teria “produzido” a cassação do então prefeito Alcides Bernal para recuperar o poder de influência na administração municipal.

O MPE embasou a acusação ainda apontando depoimentos da ex-vereadora Luiza Ribeiro e possíveis encontros do ex-governador com vereadores na época.

“Além disso, consta dos autos que no domingo anterior à sessão da cassação, o vereador José Airton Saraiva, em cumprimento às diretrizes da associação criminosa, levou o vereador Waldecy Batista Nunes, o 'Chocolate', juntamente com o vereador Gilmar Nery de Souza, o 'Gilmar da Cruz', à presença do então governador André Puccinelli, o qual lhes prometeu que 'os acolheria em partidos', caso votassem pela votação”, constou o MPE no processo.

Conforme o advogado de defesa de Puccinelli, Rodrigo Marques Moreira, os desembargadores acataram os argumentos da defesa, que sustentava que a atuação do ex-governador na época foi meramente política e que ele não era responsável pelo julgamento de cassação do então prefeito da Capital.

Puccinelli foi removido da lista de réu do processo cível. Ainda falta ser julgado a ação criminal. O mesmo ocorreu com o deputado estadual Paulo Siufi (MDB), que na época da cassação de Bernal era vereador. No caso, Siufi foi retirado da lista nos dois tipos de processo. A assessoria de imprensa de Puccinelli não quis se manifestar sobre o assunto.

Por Leandro Abreu/Correio do Estado

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