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Prefeitura de Corumbá perde 5 milhões de remédios para tratar diabetes

Estoque estava em depósito da prefeitura

Publicado em 20/09/2018 16:08

Foto: Divulgação/MPF

O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar a perda de  5 milhões de comprimidos para diabetes por parte da secretaria de Saúde em Corumbá. O MPF teve acesso a uma lista em que estava especificada a perda extraída do sistema da própria secretaria de Saúde, em 3 de setembro, que registra o vencimento de 1.444.280 comprimidos de metformina e 3.565.990 comprimidos de glibenclamida, medicamentos usados para o tratamento de pessoas com diabetes tipo II.

De acordo com o MPF no mês de agosto, foi realizada duas vistorias no almoxarifado da secretaria de Saúde. Em uma delas foram contabilizadas 349 caixas do medicamento metformina (349 mil comprimidos) e 249 caixas do medicamento glibenclamida (1.349.250 comprimidos) com vencimento em agosto de 2018.

Ao Ministério Público, o secretário de Saúde de Corumbá, Rogério dos Santos Leite, que acompanhou a vistoria, disse que possivelmente houve um “abuso” na compra pela gestão anterior, que teria utilizado um parâmetro inadequado na aquisição dos remédios. Ainda segundo Rogério, foi aberta sindicância para “apurar a responsabilidade na aquisição, bem como a responsabilidade por deixar o medicamento vencer sem a devida utilização”.

No entanto, o MPF também teve acesso a relatório elaborado pela auditoria do município de Corumbá, no qual consta a informação de que a atual gestão possui ciência, ao menos desde março de 2017, do excesso dos medicamentos glibenclamida e metformina em estoque.

Em nota, o MPF informou que a secretaria municipal de Saúde, “ciente do excedente de medicamentos, poderia ter adotado diversas medidas, como permuta ou doação para outros municípios, mas permaneceu inerte, ocasionando o desperdício de milhões de comprimidos”.

Segundo a procuradora da República Gabriela de Góes Tavares, essa situação gera dúvidas a respeito da destinação dos medicamentos excedentes que não se encontravam no almoxarifado municipal no dia da vistoria realizada pelo MPF.

Ainda em agosto, o MPF procurou a secretária-adjunta de Estado de Saúde, Gyselle Tannous, a fim de relatar o ocorrido e solicitar auxílio na destinação do medicamento. Em resposta, a secretária-adjunta informou que, como a validade dos medicamentos expiraria em 31 de agosto, não seria possível distribuí-los a outros municípios.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Corumbá em relação ao caso, mas até a publicação, não houve retorno.

Fonte: Bruna Aquino - Correio do Estado

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