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Hospital Regional de Coxim pode fechar as portas

De acordo com os dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), nos últimos oito anos, mais de 34,2 mil leitos de internação foram fechados na rede pública de saúde.

Publicado em 13/02/2019 11:21

Foto: Correio do Estado

O que era para ser um hospital de referência na região norte do estado de Mato Grosso do Sul, pode fechar as portas em breve.

De acordo com os dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), nos últimos oito anos, mais de 34,2 mil leitos de internação foram fechados na rede pública de saúde.

Outro problema sério, são as falhas na comunicação, entre a instituição e os stakeholders (os interessados), que podem trazer lentidão ou prejuízo para o fluxo dos processos no hospital.

Informações desencontradas e imprecisas deixam evidente que as equipes e os interessados carecem de orientação ou não foram preparadas para atuar adequadamente nas funções que exercem

É importante salientar que não é só o ambiente de trabalho seja propício à comunicação, mas que as equipes atuem de forma integrada, respeitando e seguindo padrões para garantir a uniformidade dos processos e protocolos.

Quando não há padrões sólidos estabelecidos, as tarefas acabam sendo executadas de maneira diferente por cada profissional, isso alimenta uma organização caótica que demanda um grande esforço, mesmo quando se trata de realizar ações simples como encontrar os prontuários, orientar os pacientes ou responder sobre a real situação do hospital para os vereadores de Coxim.

No dia 21 de novembro de 2009, após ficar parado 7 anos, o Hospital Regional Dr. Álvaro Fontoura Silva, foi inaugurado.

A unidade era para ser referência no atendimento de 76,5 mil habitantes da região, além de Coxim, as cidades de Rio Verde do Mato Grosso, Pedro Gomes, Alcinópolis e Sonora.

Segundo a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde, a obra que ficou sete anos parada, chegou a ser inaugurada em 27 de dezembro de 2006, pelo então governador Zeca do PT, "Mas nunca funcionou".

Em 2008 a obra foi retomada pela gestão de André Puccinelli. Para finalizá-la, o governador revogou, em 2007, o contrato com a empresa responsável pela obra e abriu uma nova licitação para concluir o hospital.

Até então, já tinham sido investidos aproximadamente R$ 9 milhões. Em visita a Coxim, em janeiro de 2008, Puccinelli autorizou a continuidade das obras. Para a unidade hospitalar atender a população foi necessário investir mais cerca de R$ 3,7 milhões.

Em relação aos equipamentos foram investidos R$ 2,3 milhões, por meio de convênio com o Ministério da Saúde. O governo do Estado também já investiu R$ 400 mil de recursos próprios e assegurou um repasse financeiro mensal para auxiliar o custeio.

A entrega do prédio, já em funcionamento, aconteceu no dia 21 de novembro de 2009, com a presença da prefeita de Coxim Dinalva Mourão, do governador André Puccinelli e do deputado estadual Júnior Mochi, assim como, os vereadores de Coxim e demais autoridades.

Na época da inauguração, o diretor-presidente da Fundação era Rogério Márcio Alves Souto

Para que o hospital já entrasse em funcionamento no mês de novembro de 2009, a Fundação Estatal de Saúde do Pantanal (FESP) realizou no mês de outubro uma seleção simplificada e treinamento das equipes de limpeza, lavanderia, enfermagem, fisioterapia, nutrição, farmácia e emergência.

No dia 11 de abril de 2016, o governador Reinaldo Azambuja inaugurou no Hospital Regional de Coxim Dr. Álvaro Fontoura Silva, a unidade de serviço de hemodiálise.

Com um investimento de aproximadamente R$ 1,5 milhão na unidade, o hospital foi equipado com 18 máquinas novas. Com o novo setor, 43 pacientes da região, sendo 21 de Coxim foram beneficiados com o atendimento, evitando assim o deslocamento de três vezes por semana para Campo Grande.

Nos últimos 6 anos da gestão do prefeito Aluizio São José (PSB), o Hospital Regional de Coxim Dr. Álvaro Fontoura Silva, de natureza jurídica municipal, vem aumentando seu endividamento.

O prefeito, o secretário de Saúde e os demais dirigentes do HRC tentam justificar nos discursos de palanque, que as dívidas são por causa da crise financeira nacional, a falta de repasses do governo estadual e de alguns municípios que fazem parte da região Norte; pois jamais vão admitir que é pela má administração do hospital.

Mesmo que alguns dirigentes tenham colocados seus cargos à disposição, continuam firmes e fortes, sem honrar os compromissos com fornecedores, funcionários, médicos, entre outros

Segundo a nova moda paliativa – tipo apagar incêndio com extintor – é viabilizar junto aos deputados federais e senadores emendas parlamentares para beneficiar a saúde do município, principalmente, no pagamento de salários.

Mas, apesar dos aportes financeiros expressivos do Estado, deputados, senadores, além do repasse dos recursos contratualizados do SUS, a situação não resolve tão fácil, pois, o HRC é um ‘saco sem fundo’.

A solução só vai acontecer quando um novo administrador assumir com carta branca o hospital, a fim de carimbar a palavra ‘ordem e progresso’.

Fonte: Diário X

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