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Em Nova York, presidentes da Câmara e do Senado se reúnem com investidores

Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre devem embarcar de volta ao Brasil na quarta-feira (15). Na ausência deles, o ritmo de trabalho no Congresso, especialmente no plenário, tende a diminuir.

Publicado em 14/05/2019 16:10

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), embarcaram no fim de semana rumo a Nova York (EUA), onde cumprem, a partir desta segunda-feira (13), uma série de encontros com empresários e investidores.

A agenda inclui compromissos até quarta-feira (15), quando está previsto o retorno de ambos ao Brasil.

Na ausência deles, o ritmo de trabalho no Congresso Nacional tende a diminuir, especialmente em relação às votações no plenário.

Embora as sessões possam ser presididas por outros integrantes da Mesa Diretora, geralmente os temas mais polêmicos costumam ficam de fora da pauta quando os presidentes não estão presentes.

Na Câmara, há grande expectativa em relação à medida provisória da reforma administrativa, que trata da divisão dos ministérios do governo Jair Bolsonaro.

Ao ser aprovada pela comissão mista na semana passada, a MP teve pontos alterados, entre eles o que transfere o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o da Economia.

Houve uma tentativa de votar a medida na quinta-feira (9) passada, mas, sem consenso entre os partidos, foi adiada. Agora, o governo corre contra o tempo para tentar costurar um acordo e viabilizar a sua votação.

A matéria precisa ser votada na Câmara e no Senado até o dia 3 de junho para não perder a validade. Se vier a caducar, a estrutura da Esplanada dos Ministérios voltará aos moldes da vigente no governo Michel Temer, com 29 pastas em vez das atuais 22.

No entanto, entraram na fila outras medidas provisórias, que são mais antigas e precisam ser votadas antes.

Partidos de oposição prometem obstruir as votações com a apresentação de requerimentos protelatórios para evitar que a pauta avance até chegar à MP da reforma administrativa. Eles também deverão contar com a ajuda de siglas do Centrão, que andam irritadas com a articulação do governo.

Agenda

Nos Estados Unidos, o primeiro evento do qual Maia e Alcolumbre participam nesta segunda-feira é no Bank of America, incluindo uma palestra do presidente do Senado.

À noite, a agenda de Maia prevê ainda um jantar com o Grupo Safra.

Na terça-feira (14), eles participam da 9ª edição do evento Brazil and the World Economy, no Harvard Club. Depois, Maia tem reuniões nos bancos Citigroup e Goldman Sachs.

Na quarta (15), os dois participam do Lide Brazilian Investment Forum, no Metropolitan Club.

Comitiva

Maia foi acompanhado de mais quatro deputados: Efraim Filho (DEM-PR), Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), Fernando Monteiro (PP-PE) e Flávia Arruda (PR-DF).

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, também integra a comitiva como convidado especial.

Além de Alcolumbre, viajaram para os Estados Unidos os senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, Daniella Ribeiro (PP-PB), Rogério Carvalho (PT-SE), Rodrigo Cunha (PSDB-AL) e Eduardo Gomes (MDB-TO).

Gastos

Os custos da viagem de Maia não foram informados pela assessoria da Câmara.

No caso do Senado, de acordo com os requerimentos aprovados, as idas dos parlamentares aos Estados Unidos gerarão despesas para a Casa.

No pedido, Daniella Ribeiro informou que o ônus para o Senado decorrerá da concessão de diárias à parlamentar, "visto que o deslocamento aéreo será realizado pela Força Aérea Brasileira".

O senador Eduardo Gomes também especificou, no requerimento apresentado, que as despesas para o Senado com a sua viagem estão relacionadas ao pagamento de diárias. O deslocamento, segundo o parlamentar do Tocantins, será custeado com recursos próprios.

Tanto Daniella quanto Gomes solicitaram autorização para desempenho de missão no exterior pelo período de cinco dias.

Os demais parlamentares não especificaram, nos pedidos de autorização para viagem ao exterior, quais despesas serão arcadas pelo Senado.

Cada diária paga pelo Senado para esse tipo de viagem ao exterior -- aos Estados Unidos neste caso -- custa em torno de R$ 1,7 mil.

Por Gustavo Garcia e Fernanda Calgaro, G1 — Brasília

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