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Barragem da Vale em Belo Horizonte pode se romper a qualquer momento

A Defesa Civil de Minas Gerais, em reunião no fim da tarde de terça-feira (14), emitiu um alerta a respeito de uma possível movimentação no talude da cava da mina de Gongo Soco

Publicado em 16/05/2019 17:38

Foto: Divulgação

Um documento elaborado pela Vale e obtido pelo MPMG - Ministério Público de Minas Gerais - estima que o talude da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, na região Central do Estado, pode se romper até o dia 25 deste mês. Caso a estrutura se rompa, o colapso da barragem Sul Superior é iminente.

A barragem está em nível de segurança três, quando o colapso pode ocorrer a qualquer momento. Por conta disso, a Defesa Civil Estadual já havia evacuado a região.

Na madrugada do dia 8 de fevereiro, 443 pessoas nas comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras, todas situadas em Barão de Cocais, foram evacuadas. Atualmente, estão em hotéis, casas de parentes ou locais alugados pela Vale.

Diante do cenário de risco, o MPMG recomendou à Vale que a empresa adote, imediatamente, uma série de medidas para deixar claro à população local os riscos a que ela está sujeita.

No documento, o órgão requer que a mineradora comunique, por meio de carros de som, jornais e rádios, informações claras, completas e verídicas sobre a atual condição estrutural da Barragem Sul Superior, possíveis riscos, potenciais danos e impactos de eventual rompimento às pessoas e comunidades residentes ou que estejam transitoriamente em toda área passível de inundação.

“Conforme informado pela empresa Vale S/A ao MPMG e outros órgão de Estado, foi verificada uma deformação no talude norte da Cava de Gongo Soco, na Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, passível de provocar a sua ruptura, gerando vibração capaz de ocasionar a liquefação da Barragem Sul Superior, levando ao rompimento da estrutura e, por conseguinte, danos sociais e humanos imensuráveis para a região”, diz um trecho do documento.

Além disso, a Recomendação quer que a empresa forneça total apoio logístico, psicológico, médico, bem como insumos, alimentação, medicação, transporte e tudo que for necessário em caso de rompimento da barragem.

A Recomendação estipula prazo de seis horas para que a Vale responda ao MPMG, fornecendo informações específicas e detalhadas sobre as ações adotadas ou planejadas para seu cumprimento.

Talude

O talude é a parede da cava, que se encontra atrás da barragem. A estrutura demonstrou uma movimentação, o que indica uma possível queda de uma rocha no interior da cava. Segundo os técnicos, não se pode precisar o tamanho exato da rocha, tão pouco quando pode acontecer.

A Defesa Civil de Minas Gerais, em reunião no fim da tarde de terça-feira (14), emitiu um alerta a respeito de uma possível movimentação no talude da cava da mina de Gongo Soco.

De acordo com o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador ajunto da Defesa Civil, o local fica antes da barragem da Vale Sul Superior e uma equipe está na cidade.

Trem tem embarque alterado

O embarque de passageiros no trem que circula na Estrada de Ferro Vitória a Minas será alterado a partir desta quinta-feira (16) por tempo indeterminado. Quem parte da estação Belo Horizonte irá embarcar em ônibus alugados pela Vale e conduzido até a Estação Dois Irmãos, em Barão de Cocais, de onde seguirá a viagem por trem. No sentido contrário (Vitória- Belo Horizonte) os passageiros irão desembarcar do trem na Estação Dois Irmãos e seguir por meio rodoviário até o destino final.

A alteração é uma medida preventiva, porque o trem circula nas imediações da cava da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais - MG, onde foram identificadas recentemente movimentações no talude Norte da estrutura. A medida segue uma orientação da ANM - Agência Nacional de Mineração.

Diante das alterações, a Vale alerta que é possível que haja atraso nas viagens. Quem optar pelo reembolso do valor investido na compra da passagem, é preciso se dirigir, no prazo de até 30 dias, a qualquer uma das estações localizadas ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Mais informações pelo número: 0800 285 7000.

Fonte: BHAZ

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