PF prende 11 pessoas e apreende 7 aviões em operação contra tráfico internacional de drogas
Segundo investigações, empresário do interior de SP comandava o transporte de cocaína da Bolívia para o Brasil, de onde seguia para a Europa. Ação iniciada em 2018 já apreendeu 2,6 toneladas de entorpecentes.
Publicado em 04/12/2019 11:28
A Polícia Federal de São Paulo deflagrou na manhã desta quarta-feira (4) uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas. O grupo era comandado por um empresário, que promovia a compra e distribuição de cocaína boliviana.
Ao todo, foram expedidos 46 mandados judiciais, sendo 13 de prisão temporária e 33 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais.
Por volta das 11h30 desta quarta, 11 pessoas tinham sido presas e sete aviões tinham sido apreendidos — dois só em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. De acordo com a PF, desde maio do ano passado, foram apreendidas 2,6 toneladas de cocaína nesta mesma operação.
O principal alvo da operação, batizada de "Voo Baixo", é um empresário do interior de São Paulo que comandava o envio de cocaína da Bolívia para o Brasil, de avião, e depois fazia a distribuição da droga por meio de fazendas no Mato Grosso do Sul e São Paulo. A droga chegava ao Porto de Santos, no litoral paulista, e era levada para a Europa.
O empresário investigado, Rubens de Almeida Salles Neto, foi preso nesta manhã em São José do Rio Preto. Ao G1, o advogado dele, Evandro Dias Joaquim, que defende Neto em outros processos, disse que tomou conhecimento da operação da PF de hoje pela imprensa.
"Eu tomei conhecimento dos fatos pela imprensa e estou me dirigindo à 6ª Vara Criminal de São Paulo para me inteirar sobre os fatos e me coloco à disposição para maiores esclarecimentos assim que tiver maiores informações da situação e ver as medidas cabíveis", disse ele.
Na operação desta quarta, a Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens como fazendas e aviões usados pelos traficantes.
Durante a investigação, iniciada em 2018, foram presas outras 11 pessoas que participavam da quadrilha. Seis grandes apreensões também foram feitas nesse período da investigação, e um avião foi interceptado pela Força Aérea na fronteira com a Bolívia em abril de 2018, contendo 480 quilos de cocaína.