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Alberto Fernández assume a presidência nesta terça e reconduz peronismo ao poder na Argentina

Com Cristina Kirchner como vice, ele precisará dar solução a uma dívida que a Argentina não tem como pagar, alta de preços de mais de 50% ao ano e uma relação complicada com o Brasil.

Publicado em 10/12/2019 09:12

O peronista Alberto Fernández assume a presidência da Argentina nesta terça-feira (10) com a promessa de "pôr o país de pé de novo", após um longo período de recessão, de alta inflação e de aumento do desemprego e da pobreza.

Advogado de 60 anos, ele usa como credenciais para governar sua experiência como chefe de gabinete no governo de Néstor Kirchner (2003-2007) e durante o primeiro ano do primeiro mandato de Cristina Kirchner (2008), a vice-presidente que vai liderar o Senado e que impulsionou sua candidatura, escolhendo-o para encabeçar sua chapa.

Fernández recebe a presidência de Mauricio Macri, que estava no poder desde 2015, e que foi derrotado nas eleições de outubro em primeiro turno.

Frustração de Macri

"Lamento que os resultados das nossas reformas econômicas não tenham chegado a tempo e por não conseguirmos nos recuperar da crise", disse o atual presidente num pronunciamento na TV, na sexta-feira (6), revelando sua "frustração".

"Não parto satisfeito com o crescimento da economia no meu mandato e com os resultados da luta contra a inflação e a pobreza", acrescentou Macri.

O novo presidente assume a Argentina com graves problemas econômicos. Além disso, mesmo antes de ser eleito, Fernández começou a enfrentar a resistência de Jair Bolsonaro e precisará encontrar uma forma de não deteriorar a relação com o Brasil. Bolsonaro chegou a dizer a interlocutores que não mandaria representantes do governo brasileiro para a posse de Fernández na terça (10), de acordo com o blog de Gerson Camarotti.

No entanto, o Brasil deve acabar sendo representado pelo vice Hamilton Mourão, que disse ao blog de Valdo Cruz que viajará a Buenos Aires a pedido do presidente. "É um gesto do presidente para que as relações voltem ao normal", afirmou.

Por G1

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