Costa Rica

Fiat Chrysler e Peugeot anunciam acordo de fusão

As montadoras anunciaram planos há semanas para uma parceria para criar a quarta maior montadora do mundo. Nome da nova empresa ainda não foi divulgado.

Publicado em 18/12/2019 08:14

Foto: G1 Carros

Os conselhos da montadora francesa PSA, dona da Peugeot, e da Fiat Chrysler (FCA) aprovaram nesta quarta-feira (18) um acordo para uma fusão. A nova companhia formará a quarta maior fabricante de veículos do mundo em vendas.

De acordo com um comunicado conjunto das empresas, a fusão auxiliará a nova montadora a lidar com os grandes desafios do setor, incluindo a desaceleração global da demanda e a necessidade de desenvolver carros mais limpos para atender às iminentes regras antipoluição.

Com isso, as fabricantes se beneficiarão pela força de cada uma em diferentes mercados. Enquanto a FCA utilizará da força da PSA na Europa, a PSA buscará oportunidades pela sólida posição da FCA nos Estados Unidos.

O grupo incluirá as marcas Abarth, Fiat, Jeep, Dodge, Lancia, Ram, Chrysler, Alfa Romeo, Maserati, Peugeot, Citroën, DS, Opel e Vauxhall, permitindo atender mercados de massa e carros premium, bem como para caminhões e veículos comerciais leves.

Detalhes sobre a fusão:

Fusão criará a 4ª maior fabricante de veículos do mundo, com 8,7 milhões de unidades vendidas;

A FCA teria acesso às plataformas de veículos mais modernas da PSA, ajudando-a a cumprir regras rígidas de novas emissões;

Todos os segmentos serão considerados, de carros de luxo, a SUVs, picapes e comerciais leves;

Foco será em duas plataformas: uma pequena e uma compacta/média;

Total de 3,7 bilhões de euros em sinergias anuais;

Custo total para alcançar as sinergias é estimado em 2,8 bilhões de euros;

Fusão terá proporção 50/50;

Empresa controladora do grupo será sediada na Holanda;

Não são considerados fechamentos de fábricas;

O atual executivo-chefe da Peugeot, Carlos Tavares, será o CEO e membro do conselho em um mandato inicial de 5 anos;

O atual presidente da FCA, John Elkann, será o presidente do novo grupo;

Nome do grupo ainda não foi definido.

O conselho do novo grupo será formado por 11 membros, com a maioria independente. Cinco membros serão nomeados pela FCA, enquanto outros cinco serão indicados pela PSA. Carlos Tavares, o CEO, será o 11º membro.

Antes da conclusão do negócio, a FCA distribuirá um dividendo de 5,5 bilhões de euros aos seus acionistas, enquanto a PSA fará a distribuição aos seus acionistas a sua participação de 46% na Faurecia, fabricante de autopeças.

Segundo acordo aprovado pelo conselho da PSA na terça (17), a unidade de robôs da FCA, Comau, permanecerá dentro do grupo combinado, em vez de ser desmembrada, como foi planejado originalmente em outubro. O novo grupo avaliará como extrair valor da Comau.

A finalização da proposta deverá acontecer entre 12 e 15 meses a partir deste anúncio, sujeita às aprovações de acionistas. Uma teleconferência irá explicar mais detalhes sobre o acordo no final desta quarta.

Sem fechar fábricas

Carlos Tavares disse que espera que as companhias não tenham que fazer amplas concessões para verem a fusão ser aprovada por autoridades de defesa da concorrência, mas acrescentou que o elas estão preparadas para isso. Ele não deu detalhes.

Um dos pontos mais críticos do acordo são as potenciais demissões. O grupo combinado tem atualmente cerca de 400 mil funcionários e governos da Itália e de Paris estão preocupados com as potenciais implicações da operação na força de trabalho local.

Tavares reafirmou que as montadoras poderão alcançar bilhões de euros em economias anuais de custos sem ser preciso fechar fábricas. Mas ele não excluiu a possibilidade de demissões ao ser questionado a respeito: "Trata-se da indústria de veículos, não da PSA."

"As margens continuam pressionadas e você tem que ficar constantemente buscando ganhos de produtividade", acrescentou.

Por G1

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