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Em janeiro sangrento, MS já registrou 3 feminicídios

Em 2019 Mato Grosso do Sul foi o quinto estado mais violento para mulheres, as três vítimas já quebram o recorde de janeiro do ano passado.

Publicado em 21/01/2020 15:10

Foto: Divulgação

Livia Cathiane Gauna, Regiane Fernandes de Farias e Nicole Amorim. Cada uma delas com uma história diferente, mas com desfechos iguais: o feminicídio. As três foram mortas por companheiros ou ex-companheiro.

Em 2019 Mato Grosso do Sul foi o quinto estado mais violento para mulheres, as três vítimas já quebram o recorde de janeiro do ano passado.

No caso de Livia, o companheiro dela se matou com um tiro na cabeça, na frente do filho e de uma irmã de Livia, deixando um trauma para sempre. Adalberto Duarte era policial Civil é bastante agressivo. “Quiseram falar que ele tinha depressão, mas na cidade, todo mundo sabia que ele era agressivo e que ela tentava separar. Na época ele disse que iria para inferno, mas levaria ela junto”, contou uma amiga.

Tentativas

Regiane também foi morta pelo ex-namorado. Suetonio não aceitava o fim do relacionamento. Esperou ela na porta do trabalho, uma floricultura no Caranda Bosque. Foram três tiros. Dois de raspão e um no tórax, que foi fatal. Ela tentava separar e ele não aceitava. Ainda, assim, ao ser avisada de que ele tinha comprado uma arma, Regiane achava que ele queria se matar. Suetonio até tentou, mas o tiro pegou no ouvido. De raspão. Ele está bem, na santa Casa. Ela foi enterrada no domingo sob os olhares dos dois filhos e da mãe que estava inconsolável.

Amor intenso

Aos 17 anos, Nicole era uma adolescente comum. Mãe de um bebê de três meses, namorava Felippe Silva. Na pequena São Gabriel a vida dos adolescentes não é muito diferente. O amor era intenso, mas um filho muda tudo. As amigas de Nicole afirmaram que ele era agressivo. Na manhã do crime, os dois teriam discutido por uma suposta traição, momento em que o rapaz deu dois tiros contra a menina. Usando uma espingarda que emprestou do pai da vítima.

Apesar de ter se entregado a polícia, a morte causou revolta entre amigos e familiares que não acreditam na justiça, já que para eles, nada trará a vida de Nicole de volta.

Nem a de Regiane que fazia arranjos de flores para alegrar as pessoas, nem de Livia, que era o xodó do pai. Elas são só mais três nas estatísticas, em um janeiro sangrento para as mulheres.

A Onça

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