Com metade da população já vacinada, Coxim esgota doses em 1h30

Vacina no braço e geladeira vazia. Esse é o cenário nos postos de saúde de Coxim - 260 km de Campo Grande - nessa manhã de sábado (26), quando a prefeitura realizou um mutirão de imunização no salão da Paróquia Catedral São José. A adesão da população foi tamanha que em apenas uma hora e meia as doses se esgotaram.

Ontem, os coxinenses receberam do Governo do Estado 976 doses, distribuídas conforme o quantitativo populacional de cada município - lá são cerca de 30 mil. A previsão é que mais doses cheguem apenas na quinta-feira (1º).

"Veio doses das três vacinas (Coronavac, Pfizer e Janssen), sendo que umas 200 são da Janssen, que tem a vantagem de ser uma dose só e imunizar completamente o dobro de pessoas", conta a secretária municipal de Saúde, Lasalette Bell de Souza.

A estimativa de Lasallete é que cerca de 15 mil pessoas já foram vacinadas com a primeira dose desde o início do plano de imunização, há três meses. Hoje, o público alvo foram pessoas de 40 anos ou mais. "A fila formada foi grande, mas conseguimos atender todos com senhas, aguardando sentados e com distanciamento", garante a secretária.

"As pessoas estão claramente bem felizes por garantir essa imunização. É um compromisso que temos de vacinar rápido, firmado com o Governo do Estado, que vem nos incentivando a fazer isso da melhor forma possível. Se Deus quiser a gente já vai entrar no grupo de 35 anos em diante na semana que vem", frisa Lassalete.

Retomada

Com os índices de vacinação em plena evolução, a previsão do prefeito coxinense Edilson Magro (DEM) é que até outubro praticamente esteja concretizada essa questão de imunização da população da cidade.

"Essa semana tivemos que flexibilizar alguma regras, se não a economia da cidade pararia. Mas acho que até outubro todo mundo estará vacinado. Essa questão nos deixou muito preocupados, mas conseguimos segurar a economia local. Sobre medidas, tomamos algumas bastante duras antes mesmo das anunciadas pelo Governo", destaca.

Magro revela que duas semanas antes do decreto estadual ele já havia implantado a Lei Seca em Coxim e permitiu apenas o funcionamento de serviços essenciais. "Já houve uma redução de números da covid e vamos analisar na semana que vem como ficará. Se precisar mais restrições, vamos fazer", comenta o prefeito, que completa.

"Não quero isso, de coração, pois a população precisa trabalhar. Mas se tiver que ser assim, será. A mensagem que quero deixar também é que a população tem que continuar fazendo a parte dela, com distanciamento, protocolos. A minoria que ainda insiste em desobedecer precisa se conscientizar", conclui.

Por Nyelder Rodrigues e Sidney Assis / Campo Grande News