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COSTA RICA PERDE SENAI; mais uma frustração para a população

"Investimento que não virou em nada, dinheiro público jogado fora”, desabafa empresário

Publicado em 23/04/2012 08:59

COSTA RICA PERDE SENAI; mais uma frustração para a população
Foto: Divulgação

No dia 1º de março de 2011, o site oficial da Prefeitura de Costa Rica (MS) publicou uma matéria com a seguinte manchete: “SENAI SERÁ INSTALADO EM COSTA RICA ATRAVÉS DE PARCERIA COM A PREFEITURA MUNICIPAL”.

Segundo a matéria autoridades estiveram reunidas para definir a instalação da sede do SENAI no município e também abordaram:

                                                                                              “sobre a implantação de cursos profissionalizantes. De acordo com o Prefeito de Costa Rica Jesus Baird a locação do prédio já está definida e o objetivo dessa parceria é oferecer cursos de treinamento para pessoas que vão trabalhar futuramente na usina alcooleira de Costa Rica".

Diante disso, há pouco mais de um ano, a Prefeitura, a ETH Bioenergia e o empresário Euselio Tonhá Alves, 54 anos, assinaram o contrato de aluguel de um imóvel localizado na Rua Sebastião Mesias de Paula, 188, Centro.

Conforme Tonhá, quando ele foi procurado em março de 2011 para fazer loção do prédio foi lhe comunicado que no local seria instalada uma Escola Técnica do SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.

“Eu fiquei muito feliz com essa informação, porque ia trazer mais oportunidade para a população no sentido de estar apreendendo um curso técnico”, declarou Tonhá.

O empresário conta ainda que para o aluguel do seu imóvel foi firmado um contrato entre ele, a Prefeitura e a ETH Bioenergia no período de março de 2011 a março de 2012. “Eu aluguei o prédio por R$ 4.000,00, sendo que a ETH custeava 50% e a Prefeitura os outros 50%”, conta.

Com o objetivo de dar uma utilização mais adequada ao imóvel alugado, a Prefeitura, o SENAI e a ETH elaboraram um projeto para criação da Escola Técnica que iria oferecer capacitação para população de Costa Rica, visando à ocupação de postos de trabalho. É importante destacar que Costa Rica hoje é a cidade com maior potencial de ofertar mão-de-obra para o pólo de desenvolvimento sucroalcoleiro.

“Enquanto o prédio esteve alugado, ele passou por vistorias com técnicos do SENAI, da ETH e da Prefeitura, onde foi desenvolvimento um projeto de adaptação para a assim instalar a escola”, descreve Tonhá.

O empresário relata ainda que até janeiro deste ano, os técnicos trabalharam na adaptação do prédio, mas que derrepente pararam com as obras “isso me deixou preocupado. Então, em março deste ano recebi uma notificação da ETH informando que não seria renovado o contrato de aluguel do imóvel”, conta Tonhá.

Diante do pouco caso político, a Prefeitura, a ETH, o SENAI e a população costarriquense perderam uma oportunidade histórica. Conforme informações apuradas pela nossa reportagem, a falta de interesse está relacionada ao alto custo solicitado pelo SENAI para a instalação da Escola Técnica na cidade.

“O que me deixa mais sentido é a perca do SENAI em nossa cidade. Quem perde é o cidadão costarriquense. A meu ver o prefeito teria que ter lutado mais, articulado politicamente e garantindo esse importante empreendimento para nossa cidade. Com toda certeza foram investidos mais de 180 mil reais no aluguel e na adaptação do imóvel que iria oferecer cursos técnicos gratuitos para a população costarriquense. Um investimento que não virou em nada, dinheiro público jogado fora”, desabafa.

Com isso Costa Rica perde a oportunidade de oferecer cursos gratuitos para a população. Agora para se fazer um curso profissionalizante no município os interessados devem procurar uma instituição de ensino privada e pagar para sua qualificação.

A instalação da Escola Técnica iria ofertar capacitação para população de Costa Rica, e até mesmo de outros municípios vizinhos, com o único objetivo de formar profissionais visando à ocupação dos postos de trabalho gerados por indústrias instaladas na cidade e região.

Silêncio

Para falar sobre o asunto nossa reportagem entrou em contato por telefone e por e-mail com o gerente de núcleo de Comunicação da FIEMS – Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul, Ulysses Cosenza, mas ele não retornou.

Também procuramos o subsecretário Administrativo da Prefeitura, Agoncílio Corrêa que também participou das negociações para a instalação do SENAI em Costa Rica. Ele informou que o prefeito estaria participando de uma reunião nos próximos dias e que até a realização da mesma o órgão não iria se pronunciar.

No caso da ETH, igualmente entramos em contato via telefone e por e-mail, mas não houve resposta.

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