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Assassinos do presidente da Câmara Municipal de Alcinópolis vão a júri

Réus alegam que o crime foi motivado por humilhação

Publicado em 24/02/2012 11:36

Acontece neste momento na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande (MS), os julgamentos de Irineu Maciel, autor dos disparos que mataram o presidente da Câmara Municipal de Alcinópolis (MS), Carlos Antônio da Costa Carneiro e de Valdemir Vansan, apontado como contratante da execuçãoocorrida há um ano e quatro meses.

O crime que aconteceu na capital sul-matogrossense, foi segundo o réu motivado por vingança decorrente de humilhação, que alega ter sofrido do então vereador.

No interrogatório ele garantiu que não recebeu recompensa pela execução e deu detalhes da suposta humilhação, afirmando que foi até Alcinópolis procurar emprego, mas não conseguiu e pediu dinheiro para Carlos Carneiro, com o objetivo de voltar para Campo Grande. O presidente da Câmara não teria ajudado Irineu, xingando ele de vagabundo.

Segundo o réu, a partir de então passou a perseguir Carlos, com a intenção de matá-lo.

Além de afirmar que o crime foi motivado por humilhação, Irineu nega que Valdemir Vansan, acusado de ser o mandante do crime, tenha envolvimento com o caso. O réu justificou que só acusou Valdemir porque teria sido obrigado pela polícia.

Já Valdemir nega saber a origem do crime e diz não saber se foi ou não pago. Eu provavelmente estou preso no lugar de alguém", defendeu-se.

Denúncia

De acordo com a denúncia oferecida pelo ministério público, Irineu e Valdemir agiram por motivo torpe, ao matarem vereador Carlos Antônio da Costa Carneiro, em 26 de outubro de 2010 na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, diante da promessa de receber recompensa. Além disso dificultaram a defesa da vítima.

Nas declarações prestadas durante interrogatório na delegacia, Irineu afirmou que receberia R$ 20 mil, sendo R$ 3 mil adiantados, pelo crime e que o revólver calibre 38 lhe foi entregue pelo cunhado. O acerto era para “fazer uma pessoa”, cujo nome foi repassado por Valdemir.

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