Acusados de envolvimento na morte de Marielly devem ir a júri popular

O promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri protocolou nesta tarde na 1ª Vara Criminal do Fórum de Sidrolândia denúncia pedindo a prisão preventiva do cunhado da jovem Marielly da Silva, Hugleice da Silva, de 28 anos, e o enfermeiro Jodimar Ximenes, de 40 anos, que são acusados dos crimes de prática de aborto seguido de morte e ocultação de cadáver. Os dois estão presos desde julho mas podem ser soltos na sexta-feira (12).

"Estou protocolando a denúncia pelo aborto com resultado morte em relação aos dois e pela ocultação de cadáver", destacou o promotor. Ele acrescenta que a pena prevista pelos crimes pode variar de 3 a 11 anos. De acordo com Ferri os dois acusados devem ir à júri popular. "Estes crimes específicos tem previsão na lei de serem apreciados pelo Tribunal do Júri", enfatizou.

O promotor diz que a partir de agora vai aguardar a decretação da prisão preventiva dos suspeitos. "Tenho certeza que temos elementos mais do suficientes para que eles permaneçam presos", lembra o promotor, que alega que contra os acusados constam desde a ameaça de testemunhas durante o inquérito policial e influência sobre familiares. "Isso sem contar que seria um contrassenso tirá-los da cadeia neste momento", destaca o promotor, que diz que agora aguarda pela decisão.

Caso a Justiça acate o pedido feito pelo promotor, eles poderão permanecer presos por tempo indeterminado.

Caso
Após desaparecer no dia 21 de maio, a jovem Marielly Rodrigues, de 19 anos, teve o corpo encontrado em canavial no dia 11 de junho, perto de Sidrolândia. As investigações mostram que a estudante de Direito morreu em decorrência de um aborto malsucedido.

O cunhado de Marielly, Hugleice da Silva, e o enfermeiro Jodimar Ximenes foram presos, suspeitos de envolvimento na morte da jovem. (Correio do Estado).