Pistoleiro mata com 6 tiros empresário do "Caso Campina Verde"
O crime aconteceu no portão da casa onde Elzevir Padoin morava, em Dourados
Publicado em 27/04/2011 08:48
Um homem ainda não identificado assassinou, no início da noite de ontem, em Dourados, o empresário Elzevir Padoin, de 60 anos. O crime foi à queima roupa, segundo a polícia, que trata o caso como execução sumária.
Padoin, que operava no segmento de cereais e em 2006 foi apontado como suposto membro de um esquema que teria desviado R$ 180 milhões em ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e outros impostos federais, através de empresas “laranjas” ligadas à Cerealista Campina Verde, de sua propriedade, foi assassinado com seis tiros na cabeça.
O crime aconteceu no portão da casa onde a vítima morava, na esquina das ruas Hayel Bom Fazer e Olinda Pires de Almeida. De acordo com a polícia, o pistoleiro alvejou o empresário no interior de seu veículo, um modelo Corola preto, placas HTH-1818. Ele foi atingido antes mesmo de acionar o botão do portão da garagem de sua residência, quando já estava na parte externa do imóvel.
Tributos sonegados
O “Caso Campina Verde” envolveu, além de Padoin, vários empresários da região sul de MS que se beneficiaram, entre 2005 e 2006, de um grande esquema de sonegação de tributos estaduais e federais, através do uso de empresas “fantasmas”.
Em meio ao grupo foi descoberto o nome de um conhecido deputado estadual, que também teria se beneficiado do grande esquema fraudulento, que movimentou cerca de R$ 1,8 bilhão com o negócio de cereais, sem pagar os impostos devidos. O nome do parlamentar, no entanto, não apareceu nas investigações da polícia.
As fraudes consistiam em abrir empresas ‘fantasmas” que, após determinado período de funcionamento irregular, eram fechadas e reabertas em seguida com outra razão social, com o objetivo de levar adiante os golpes contra o fisco.
Cerca de 17 pessoas, além de Padoin, foram denunciadas à época pelas fraudes, entre elas, os contadores Paulo Roberto Campione e Milton Carlos Luna, que trabalhavam para o empresário assassinado. Todo o grupo foi indiciado por uma série de crimes, entre eles, evasão de divisas, sonegação fiscal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
(Conjuntura Online)