Mato Grosso do Sul avança na bioeconomia com certificação de créditos de biodiversidade
Projetos pioneiros recompensam produtores rurais que preservam o meio ambiente e protegem a fauna
Publicado em 22/03/2025 15:34
O Mato Grosso do Sul deu mais um passo rumo à sustentabilidade com o lançamento de duas iniciativas inovadoras voltadas para a certificação de créditos de biodiversidade. O evento contou com a presença do deputado Paulo Corrêa, representando a Assembleia Legislativa, além do governador Eduardo Riedel e representantes do setor produtivo. O novo modelo de certificação busca recompensar produtores rurais que preservam suas propriedades, protegendo a fauna e contribuindo para um futuro ambientalmente responsável.
Dentre as iniciativas apresentadas, destaca-se o Programa Jaguar, desenvolvido pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que tem como foco a proteção da onça-pintada, um dos principais símbolos do Pantanal sul-mato-grossense. Outra ação relevante é o Projeto Fazenda Cristal, que aposta no plantio de bambu para remoção de gás carbônico da atmosfera, reforçando o compromisso com a redução dos impactos climáticos.
Paulo Corrêa, autor da Lei Estadual nº 5.235/2018, que criou o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), celebrou o avanço da bioeconomia no estado. “Estou imensamente feliz em ver iniciativas como essas saindo do papel e beneficiando quem cuida do nosso meio ambiente”, afirmou o deputado.
O governador Eduardo Riedel também destacou a importância da iniciativa para posicionar Mato Grosso do Sul na agenda global de produção sustentável. “É uma grande contribuição da natureza, que abrange carbono, biodiversidade e água. Isso materializa nosso compromisso com a transição energética e a sustentabilidade”, ressaltou.
O Instituto Homem Pantaneiro, responsável pelo Programa Jaguar, já possui reconhecimento nacional na certificação de créditos de carbono e agora inova com a certificação de créditos de biodiversidade. O mecanismo recompensa financeiramente proprietários e gestores de áreas que promovem ações efetivas de conservação ambiental. “Esse projeto coloca Mato Grosso do Sul na vanguarda, valorizando não apenas sua vocação agropecuária, mas também a sua riqueza natural”, explicou Ângelo Rabelo, diretor-presidente do IHP.
Já o Projeto Fazenda Cristal promove a restauração de áreas degradadas por meio do florestamento com bambu, planta de grande potencial para remoção de CO2 da atmosfera. O objetivo é aumentar a capacidade de armazenamento de carbono, contribuindo para a mitigação do aquecimento global e o desenvolvimento sustentável.
Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, reforçou a relevância da iniciativa. “A preservação e a valorização do crédito de biodiversidade são fundamentais para garantir a conservação ambiental. Esse modelo está alinhado à estratégia do Estado e à legislação que protege o Pantanal”, destacou.
Com essas ações, Mato Grosso do Sul se consolida como referência nacional e internacional em bioeconomia, unindo desenvolvimento econômico e conservação ambiental em uma estratégia inovadora para o futuro sustentável do estado. (Com informações Assessoria Parlamentar).
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