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PRF intercepta outro "cavalo doido" de maconha em caminhão

Foi a segunda grande apreensão da PRF somente neste mês. Até então, o transporte sem disfarce era comum em caminhonetes e carros de passeio

Publicado em 30/05/2023 12:19

Carregamento de 3,4 toneladas estava sem disfarce num caminhão interceptado na BR-158, próximo a Paranaíba (Foto: Divulg

O chamado “cavalo doido”, pratica que consiste em transportar maconha sem qualquer disfarce, parece que agora passou a fazer parte da rotina de caminhoneiros. Antes, esse atrevimento era comum em caminhonetes ou carros de passeio, que transportam volumes sempre inferiores a duas toneladas.

Na madrugada desta terça-feira (30), agentes da Polícia Rodoviária Federal apreenderam, próximo a Paranaíba, um carregamento de 3,4 mil toneladas que estavam na carroceria de um caminhão sem qualquer tipo de disfarce, somente coberto por uma lona para proteger da chuva.

Durante a entrevista, os policiais desconfiaram do comportamento do motorista e ao se aproximarem da carroceria perceberam o forte odor da maconha.

Ao retirar a lona do reboque, os policiais encontraram vários fardos da droga.

Questionado, o condutor disse ter carregado a maconha em Campo Grande (MS) e deveria entregá-la no interior de Minas Gerais, sem dizer a cidade e quanto receberia pelo serviço.

No dia 11 deste mês, agentes da PRF interceptaram um carregamento de 14.980 quilos na BR-267, próximo a Nova Alvorada do Sul, que também estava sem qualquer disfarce. Foi a maior apreensão do ano desse tipo de entorpecente da instituição no País.

Anteriormente, as cargas geralmente eram encontradas em meio a carregamentos de grãos, sucatas, madeira e entre os mais diferentes tipos de produtos.

Conforme a assessoria da Polícia Rodoviária, as duas interceptações realmente não fazem parte do padrão normal do narcotráfico no Estado. Porém, conforme a assessoria, ainda é muito cedo para concluir que o “cavalo doido” agora faz parte do transporte da maconha por caminhões.

“Não podemos afirmar isso por enquanto. Ainda são situações pontuais e que divergem do cavalo doido pois geralmente são veículos de passeio abarrotados de droga e que o condutor tenta empreender fuga”, ponderou a assessoria da PRF.

Com mais esta grande apreensão, chega a cerca de 60 toneladas o volume de maconha apreendido pela PRF neste ano, o que se assemelha às apreensões dos primeiros meses do ano passado.

Porém, os números mostram que as interceptações de maconha estão em queda no Estado. Em 2020, por exemplo, a instituição reteve 390 toneladas. No ano seguinte, o volume caiu 35% e ficou em 240 mil quilos. E, no ano passado continuou em queda, passado para 206 toneladas.

Enquanto isso, as apreensões de cocaína estão fazendo o caminho inverso, mostrando que o narcotráfico na região de fronteira com o Paraguai e Bolívia mudou de foco e isso levou a fiscalização a alterar também sua forma de trabalho.

Ao longo de 2020 a PRF reteve 5 toneladas de cocaína ou cloridrato de cocaína. No ano seguinte foram 5,2 toneladas e no ano passado o volume mais que dobrou, fechando o ano em 10,7 toneladas. Agora, do começo até já são mais de 7,5 toneladas.

Por Neri Kaspary / Correio do Estado

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