População do Bolsão sofre com interdição da BR-158
Rodovia permanece interditada e ainda não há previsão para liberação
Publicado em 12/04/2011 20:59
Com a interdição total da BR-158, no quilômetro 79, a opção de desvio mais próximo de tráfego entre Paranaíba e Cassilândia era pelo distrito do Alto Santana até a Vila Raimundo, num trecho de 54 quilômetros, com 12 de asfalto e mais 42 de terra.
O trajeto pela BR-158 entre Paranaíba e Raimundo é de 30 quilômetros. O desvio aumentava a viagem em apenas 24 km. Com as chuvas dos últimos dias, as condições da estrada de terra do desvio pioraram e não dá mais passagem nem para veículos leves.
O rompimento do aterro sobre um córrego na BR-158 começou no dia 3 de março, uma semana antes do Carnaval. Na oportunidade a chuva levou uma das pistas, a do lado direito no sentido Paranaíba/Cassilândia. Os veículos continuavam passando pela pista da esquerda. Com a chuva da noite do dia 15 de março, a outra pista também rompeu e a rodovia ficou interditada por completo.
Enquanto é feito um desvio temporário ao lado da BR-158 pela empreiteira Sanches Tripoloni, até sair à construção definitiva da ponte ou galeria, o desvio do Alto Santana estava resolvendo o problema. Como o tráfego de veículos pesados aumentou no desvio e as chuvas não pararam, ficou totalmente sem condições de passagem.
Os moradores da zona rural da região de Paranaíba próxima a Minas Gerais e Goiás ficaram sem opção de tráfego. A população de Cassilândia, Chapadão do Sul e Costa Rica também não tem como chegar a Paranaíba. Moradores destas cidades necessitam da BR-158 para buscar tratamento de saúde em Paranaíba, São José do Rio Preto (SP) e Barretos (SP).
Na manhã de terça-feira (22) a equipe do jornal Tribuna Livre foi até o quilômetro 79 acompanhar a angústia da população. Acompanhou de perto a passagem de uma urna funerária com um corpo, de doentes que buscavam tratamento em Paranaíba e de motoristas que buscavam combustível para abastecer seus caminhões e buscar alternativa de tráfego para chegarem até seus destinos. Os fazendeiros também atravessam o córrego para levar alimentos para os funcionários e trazer o leite para a cidade.
Mesmo com as fortes chuvas do último final de semana (154 milímetros), a empresa responsável pelo desvio continuou trabalhando, mas a previsão inicial de concluir a obra em duas semanas não se confirmará, podendo demorar mais de 15 dias. Em Paranaíba, só no mês de março já choveram 554 milímetros.
(Jornal Tribuna Livre)
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