Costa Rica

Incêndios em vegetação no Pantanal quase dobram nos 4 meses deste ano

Levantamento é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e leva em consideração período de janeiro a abril de 2021 e 2022

Publicado em 10/05/2022 09:45

Foto:Divulgação Jornal de Mato Grosso

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que Corumbá, cidade que geralmente figura entre os municípios com a maior quantidade de focos de incêndio do País, de janeiro a abril deste ano registrou 135 focos de queimadas, quase o dobro das ocorrências de 2021.

No comparativo com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de focos de 87,5%. No primeiro quadrimestre de 2021, foram apenas 72 focos no município.

Em relação ao bioma Pantanal, localizado tanto em Mato Grosso do Sul quanto em Mato Grosso, o instituto traz 175 focos de queimadas nos primeiros quatro meses de 2022.

O segundo entre os ecossistemas brasileiros, atrás do Cerrado, que acumulou 311 no período. Na Floresta Amazônica houve apenas 107 registros, conforme o Inpe.

No Pantanal, o acumulado de quatro meses de 2021 foi de 148 focos, o que mostra que em 2022 o crescimento dos dados foi de 18,2%.

Os dados podem preocupar, já que o bioma passou por recentes queimadas que devastaram milhares de hectares. Em 2020, quase 1/3 da área do Pantanal foi queimada.

O Pantanal tem, entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, 138.183 km² de extensão e 4,1 milhões de hectares foram consumidos pelo fogo em 2020.

A estimativa do Grupo de Estudos em Vida Silvestre (Gevs) aponta que 20 mil animais morreram em decorrência dessas queimadas.

A preocupação é que a situação aconteça novamente, já que o período de seca mal começou em Mato Grosso do Sul. Apesar dos dados do Inpe, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul aponta uma redução de 9,7% nas ocorrências de incêndio em vegetação no interior do Estado.

Conforme balanço feito pelo Corpo de Bombeiros, a pedido do Correio do Estado, nas cidades do interior de Mato Grosso do Sul, foram de mais de 565 registros nos primeiros quatro meses de 2021 para 510 casos neste ano.

CAPITAL

Já em Campo Grande, o número de ocorrências de incêndios em vegetação caiu quase pela metade. Em comparação do período de janeiro a abril de 2021 com o mesmo período deste ano, houve queda de 48,45% nos registros de incêndios na Capital.

Nos primeiros quatro meses do ano passado o Corpo de Bombeiros acumulou 875 chamadas de incêndio em vegetação em Campo Grande. Entretanto, no primeiro quadrimestre deste ano o número caiu para 451 ocorrências.

Apesar da queda, a corporação alerta que os dados ainda são altos para o período e que a população deve se atentar.

“Os números de ocorrências de incêndios em vegetações nas áreas urbanas, neste período, diminuíram em relação aos números do ano passado. Mesmo assim, ainda é necessário manter os cuidados, pois a fumaça causa problemas sérios para todos, principalmente para quem já sofre com alguma doença respiratória. Nunca tente combater um incêndio sozinho, ligue 193”, diz trecho de nota encaminhada a reportagem.

CUIDADOS

O Corpo de Bombeiros alerta que alguns cuidados devem ser tomados para prevenir que os incêndios em vegetação aconteçam.

Apesar de já conhecido por muitos, os números de ocorrências mostram que ainda há a necessidade de que eles sejam lembrados. Entre as orientações dos bombeiros estão “não jogar bitucas de cigarro na rua, não colocar fogo no lixo e não colocar fogo em terrenos baldios”.

Por Daiane Albuquerque - Correio do Estado

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