Polícia Científica de MS desvenda crime a partir de DNA em lata de refrigerante
"Como o indivíduo já estava no banco de perfis genéticos foi possível identificá-lo”, explica o perito criminal Rodrigo Wenceslau, que é chefe do Núcleo Regional de Criminalística de Costa Rica e diretor do Sinpof/MS
Publicado em 03/03/2024 17:43
Na perícia criminal, cada detalhe faz a diferença. Com uma observação minuciosa, técnica e uso da ciência e tecnologia, a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul chegou ao suspeito de um furto em um estabelecimento comercial no município de Camapuã.
Localizado em uma feira, o estabelecimento conta com um intenso fluxo de pessoas, o que dificultou o trabalho da perícia. Mesmo assim, a equipe responsável pelo exame pericial de local conseguiu realizar a coleta de materiais biológicos em um dos objetos encontrados no local: uma lata de refrigerante aberta pelo suspeito, que além de subtrair alimentos e bebidas, ainda levou uma certa quantia que estava no caixa.
O material coletado foi enviado para o IALF - Instituto de Análises Laboratoriais Forenses - que cruzou as amostras de DNA extraídas da lata de refrigerante com os dados do Banco Nacional de Perfis Genéticos e chegou a um suspeito com mais de 80 passagens pela polícia.
“O perito utilizou a técnica de coleta com swab em diferentes latas de refrigerante encontradas no local, o que não é fácil conseguir esse resultado. Uma delas deu positivo. Como o indivíduo já estava no banco de perfis genéticos foi possível identificá-lo”, explica o perito criminal Rodrigo Wenceslau, que é chefe do Núcleo Regional de Criminalística de Costa Rica e diretor do Sinpof/MS - Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de MS.
O resultado da perícia foi encaminhado para a Polícia Civil, que investiga o caso.
Banco Nacional de Perfis Genéticos
O Banco Nacional de Perfis Genéticos foi criado em 2013 e conta com mais de 175.465 perfis já cadastrados. Ao todo, 22 laboratórios oficiais forenses em todo o país registram dados e amostras de DNA no sistema, como impressões digitais, fios de cabelo, marcas de sangue e até gotas de saliva e de suor.
Até fevereiro deste ano, a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul registrou dados genéticos de 2822 condenados e 773 vestígios, permitindo a comparação dos perfis genéticos obtidos nos locais de crime e em vítimas de crimes sexuais.
Fonte: Assecom Sinpof/MS
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