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Durante um agradável Happy Hour, participantes da III Expedição da RILA para o Chile recebem instruções para a viagem

O momento também reuniu a imprensa com a participação dos jornalistas que farão parte do comboio e alguns convidados

Publicado em 11/11/2023 16:00

Foto: Divulgação / Assessoria de Imprensa

Autoridades, empresários e parceiros da III Expedição da RILA (Rota de Integração Latino Americana) que sai de Campo Grande no dia 24 rumo ao Chile, receberam ontem, durante um agradável Happy Hour, as instruções do diretor administrativo do Setlog/MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS), Dorival Oliveira quanto a documentação, trajeto, roteiro e agendas marcadas para os 10 dias de expedição.

O momento também reuniu a imprensa com a participação dos jornalistas que farão parte do comboio e alguns convidados.

Para Lúcio Lageman, assessor de logística da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) esta expedição mostrará a viabilidade da rota. “O Governo do Estado é parceiro do setor rodoviário de carga e do comércio exterior. Através desta expedição levaremos a primeira carga de carne produzida no solo sul-mato-grossense com destino aos portos do Chile. Temos incentivado muito o uso da rota para o escoamento do que é produzido aqui, mas também para a atrair novos produtos que são produzidos no exterior e que amanhã serão introduzidos no Brasil através de Mato Grosso do Sul e remanufaturados aqui na capital, em Jardim, em Porto Murtinho, atraindo novos investimentos”, disse.

Outro parceiro deste ambicioso projeto, o Secretario da Sidagro (Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio), Adelaido Vila, que fará parte do comboio, vê além de uma rota de escoamento de produção.  “Quando falamos em Rila, não estamos falando somente do Corredor Bioceânico, estamos falando de outras rotas de integração que já estão em funcionamento e derrubam os muros que separam os nossos países, permitindo uma maior abertura econômica, social, cultural e visa o fortalecimento da América Latina como um grande celeiro abastecedor de alimentos para o mundo”.

Cláudio Cavol, presidente do Setlog/MS agradeceu a confiança de todos, apresentou alguns parceiros que estarão na expedição e se mostrou otimista quando ao sucesso da nova expedição. “Esta é uma das mais importantes viagens da RILA pois teremos uma carreta frigorífica levando o primeiro carregamento de Mato Grosso do Sul com proteína animal até os portos do Chile. Vai ser um verdadeiro test drive da rota bioceânica”, explicou Cavol aos mais de 70 convidados.

Ele falou também de um importante encontro agendado para o dia 29 em Iquique (Chile), o “4º Foro de los territórios subnacionales del corredor Bioceânico Capricórnio” onde estarão empresários chilenos, paraguaios, argentinos, bolivianos e mais de 600 chineses, uma oportunidade para a prospecção de novos negócios junto aos empresários sul-mato-grossenses.

III Expedição da RILA 

A III Expedição da RILA é mais um capítulo da incessante procura, tentada por muitos,  de um caminho que ligasse o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico pelo centro da América  do Sul.

Porém esse projeto de um corredor Bioceânico começou a sair do sonho e do papel para começar a se tornar realidade em 2017, quando o SETLOG MS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS)  se tornou o protagonista dessa iniciativa realizando a II Expedição da RILA, na qual testou o trajeto apontado como o mais viável com um comboio de Amaroks. Antes dela,  outras viagens de prospecção foram realizadas pelo sindicato desde 2013 com a consultoria de técnicos capacitados e apoio das autoridades.

“Procuramos apresentar um caminho que fosse o mais viável até os portos do norte do Chile, tanto economicamente quanto socialmente, e que pudesse utilizar a infraestrutura já existente entre os países”, explica Cláudio Cavol, presidente do SETLOG MS.

À medida que as coisas iam tomando formato, o sindicato firmou parceria com Universidades nacionais e dos países vizinhos e realizou novas expedições, diversas reuniões com autoridades até apresentar o atual traçado que atende as necessidades das populações locais.

No total, foram realizados estudos de viabilidade de quatro possíveis rotas, todas elas testadas pela equipe do SETLOG MS.

1° Corumbá: A primeira saindo de Corumbá, passando pela Bolívia e chegando aos portos de Arica e Iquique no norte do Chile.

2° Cuiabá: A segunda saindo de Cuiabá, no estado de Mato Grosso, passando Rondônia e Acre, adentrando no Perú, seguindo até o Porto de Mollendo e Illo, no oceano Pacífico.

3° Porto Murtinho: A terceira iniciativa partiu de Porto Murtinho cruzando o Chaco paraguaio, adentrando na Bolívia em direção a Tarija, passando pelo salar de Uyuni até os portos do norte do Chile.

4° Porto Muritnho: A quarta rota testada, que foi posteriormente escolhida como rota viável, parte de Porto Murtinho, cruza o Chaco paraguaio, norte da Argentina, atravessa a Cordilheira dos Andes pelo Paso de Jama e chega nos portos de Iquique e Antofagasta, no Chile.

Ano Decisivo

Assim, no ano de 2017, o SETLOG MS partiu na II Expedição da RILA com um comboio com cerca de 70 pessoas, entre  empresários, autoridades de todos os países envolvidos, Universidades e a imprensa, partindo de Campo Grande com destino a Antofagasta e Iquique.

“A participação das autoridades do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul e do Governo Federal foi de suma importância para a concretização dessa rota, pois trouxe credibilidade e sinalizou para os demais países envolvidos, o apoio e a intenção do Brasil de estabelecer esse corredor bioceânico”, lembra Cavol.

Ao longo do trajeto, foram realizadas reuniões com as comunidades locais, na qual o projeto foi apresentado, os benefícios que a rota traria e o desenvolvimento que seria proporcionado a todos.

As autoridades dos países se convenceram que esse era o caminho ideal, mesmo que algum investimento tivesse que ser feito, o trajeto atendia aos interesses de todos.

Definido o trajeto, o SETLOG MS passou a promover e participar de diversas reuniões com as autoridades brasileiras para alavancar os recursos necessários, buscar o entendimento diplomático entre os países e o comprometimento de todos com a execução das obras necessárias para a efetivação da Rota da Integração Latino-Americana.

O Trajeto escolhido pode encurtar em mais de 9,7 mil quilômetros de rota marítima a distância nas exportações brasileiras para a Ásia. Para a China, por exemplo, pode reduzir em 23% o tempo, cerca de 12 dias a menos que pelo Oceano Atlântico, segundo aponta estudos da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

Para Cavol, a RILA é muito mais que um corredor logístico, ele é de fato uma rota de integração que permite, além do desenvolvimento econômico, o intercâmbio cultural e turístico entre os países, aproximando povos e promovendo a união da América Latina.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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