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Vacina contra o zika tem potencial para prevenir doença na gestação, diz estudo

Testes em animais mostraram que uma dose da vacina preveniu a doença durante a gravidez. Estudo brasileiro foi publicado na 'Nature Communications' nesta sexta-feira (22).

Publicado em 22/09/2017 16:35

A vacina contra o vírus da Zika, desenvolvida no Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém, apresentou resultado positivo nos testes em camundongos e macacos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22) pela revista Nature Communications. A aplicação de uma única dose da vacina preveniu a transmissão da doença nos animais e, durante a gestação, o contágio de seus filhotes.

O estudo desenvolvido pelo Instituto Evandro Chagas é um dos mais avançados para a oferta de uma futura vacina contra a doença capaz de proteger mulheres e crianças da microcefalia e outras alterações neurológicas causadas pelo vírus.

Os testes pré-clínicos foram realizados simultaneamente no Instituto Nacional de Saúde (NIH), Universidade do Texas e Universidade Washington, dos Estados Unidos. Nos testes, a vacina impediu que o vírus cause microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central tanto nos camundongos quanto nos macacos. Já os testes em humanos devem ser realizados a partir de 2019.

Segundo o IEC, do grupo controle que não tomou a vacina, as fêmeas de camundongos tiveram aborto por conta da transmissão do vírus zika ou seus filhotes nasceram com microcefalia e outras alterações neurológicas.

A parceria para essa pesquisa foi firmada em fevereiro de 2016 a partir de acordo internacional visando o desenvolvimento de vacina contra o vírus zika. O Ministério da Saúde vai destinar um total de R$ 7 milhões até 2021 para o desenvolvimento e produção da vacina.

Esterilidade

Além dos testes em fêmeas, foram realizados testes em camundongos machos. Um dos achados científicos inéditos é que o vírus Zika pode ser capaz de causar esterilidade. A infecção nos animais reduziu consideravelmente a quantidade de espermatozoides, a mobilidade e o tamanho dos testículos.

No entanto, não é possível afirmar que esse efeito também se aplique aos seres humanos. “Há uma preocupação de que esse achado evidencie que possa ocorrer um impacto similar entre os seres humanos, contudo ainda não há nenhum estudo que demonstre isso”, pontuou o diretor do Instituto Evandro Chagas (IEC), Pedro Vasconcelos.

Fonte: G1 PA

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