Chuvas irregulares desafiam safra de soja e milho em Mato Grosso do Sul
Instabilidade climática compromete produtividade e exige estratégias para minimizar impactos da seca
Publicado em 07/03/2025 14:06
A safra de soja e o plantio do milho segunda safra, conhecido como safrinha, enfrentam desafios em Mato Grosso do Sul devido à escassez de chuvas, gerando preocupações entre produtores, cooperativas e especialistas do setor agrícola.
A colheita da soja, normalmente realizada entre janeiro e março, apresenta atrasos em diversas regiões do estado. A irregularidade climática afetou o desenvolvimento das lavouras, comprometendo o enchimento dos grãos e reduzindo a produtividade esperada.
O plantio do milho segunda safra também sofre com as condições adversas. Como depende do calendário da colheita da soja, a janela ideal para o plantio está se estreitando, elevando o risco de exposição das lavouras a períodos de estiagem severa e temperaturas extremas ao longo do ciclo da cultura. Além disso, a escassez de chuvas prejudica a germinação e o estabelecimento inicial das plantas, ameaçando ainda mais a produtividade.
Para a coordenadora do curso de Agronomia da Faculdade Anhanguera, Danieli Nunes, a situação exige planejamento estratégico. “A instabilidade climática demanda maior adoção de práticas de manejo sustentável e o uso de tecnologias para mitigar os impactos da seca. O monitoramento constante é essencial neste cenário desafiador”, explica.
Diante das dificuldades, produtores da região estão investindo em alternativas como o uso de cultivares mais tolerantes ao estresse hídrico e técnicas de conservação de umidade do solo. No entanto, os impactos da estiagem podem trazer consequências significativas para o setor agropecuário e a economia do estado.
Principais impactos da crise climática na safra:
-Quebra de safra: A redução na produtividade de soja e milho pode resultar em perdas expressivas para os produtores e a economia local;
-Prejuízos econômicos: A dificuldade dos produtores em cumprir compromissos financeiros pode afetar diretamente o comércio e a indústria regional;
-Aumento dos preços: Com menor oferta de grãos, os preços dos alimentos podem subir, impactando os consumidores;
-Desabastecimento: A quebra de safra pode comprometer o abastecimento interno, gerando preocupações sobre a segurança alimentar.
Enquanto o cenário segue desafiador, especialistas recomendam que produtores invistam em tecnologias e manejo eficiente para minimizar os efeitos da seca e garantir maior estabilidade na produção agrícola. (Com informações Assessoria Anhanguera).
Costa Rica em Foco