Cidade de Costa Rica decai e mostra baixa capacidade econômica no cenário nacional

Costa Rica, uma das cidades situadas no interior de Mato Grosso do Sul, demonstra, a partir de dados divulgados pela Firjan - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - pouca liquidez e capacidade de investimento. Conforme o levantamento, o município possui uma preocupação no quesito econômico. Afinal, na média, a capacidade de liquidez se encontrava com 0.4789 em 2022 e a de investimentos 0.5786, em 2021, ou seja, indicadores extremamente baixos, considerando-se o histórico da cidade.

No acumulado dos anos, a diferença é nítida. Conforme o estudo, o resultado é preocupante para a cidade como um todo, se considerada a diferença entre os anos anteriores, quando consagrou-se por dois anos – 2020 e 2018, o 1° lugar no Brasil e em MS.

A gestão fiscal de Costa Rica saiu de 1° lugar em 2020, para 552° em todo o país e 13° no Estado, em 2021, para 579° no Brasil e 15° no MS, em 2022.

O índice é medido por indicadores como a autonomia, que significa o mesmo que a capacidade de financiar sua estrutura administrativa, o gasto com pessoal, que também representa o custo com o quadro funcional, a liquidez, que é o valor que sobra após serem pagas as despesas fixas e, por fim, os investimentos, ou seja, o bem-estar da população enquanto cidadãos. Os impactos desse resultado são sociais e econômicos.

Além de econômico, o impacto também é social, pois os bons resultados dessas despesas geram a inerente capacidade de promover o bem-estar para a população. Ainda conforme o estudo da Firjan, o IFGF analisou as contas de 5.240 municípios brasileiros, com dados oficiais de 2022, os últimos disponíveis, declarados pelas próprias prefeituras à STN - Secretaria do Tesouro Nacional - por meio do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro e define as situações dos municípios em “crítica”, com resultados inferiores a 0,4 ponto, “de dificuldade” (entre 0,4 e 0,6), “boa” (entre 0,6 e 0,8) ou “de excelência” (acima de 0,8). O prefeito Cleverson Alves não respondeu à reportagem.

Avaliação

O economista Lucas Mikael explica que o gasto indiscriminado, o desperdício do dinheiro público, a ineficiência dos governantes e a falta de planejamento são os principais fatores a serem levados em conta, neste contexto. Afinal, a gestão interfere diretamente nos resultados do município.

“Os indicadores ilustram a má gestão dos últimos anos em Costa Rica, mostrando como o município se endividou e não teve capacidade para reverter esse aumento de despesas. No fim, os dados mostram essa situação econômica complicada que a cidade de Costa Rica enfrenta. Essa mudança, do primeiro lugar para 579° do Brasil, é reflexo de má gestão”, pontua o profissional.