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Brasil registra 250 mil vítimas com sequelas graves por acidentes de trânsito a cada ano
Foto: Glauber Silveira / Tua Rádio Cristal

Brasil registra 250 mil vítimas com sequelas graves por acidentes de trânsito a cada ano

ONG CDVT propõe criação de seguro obrigatório para garantir amparo às vítimas, diante da alta incidência e abandono pós-acidente

Publicado em 10/06/2025 15:39

O trânsito brasileiro deixa, todos os anos, cerca de 250 mil pessoas com sequelas permanentes em decorrência de acidentes, conforme aponta o “Estudo dos Custos de Acidentes de Trânsito no Brasil”, elaborado pelo Instituto de Segurança no Trânsito. O número, que já impressiona, pode ser ainda maior devido à subnotificação de casos. Essa realidade coloca o país na terceira posição do ranking global de mortes no trânsito, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Diante do cenário alarmante, o presidente do Centro de Defesa das Vítimas de Trânsito (CDVT), Lucio Almeida, defende que a discussão sobre educação no trânsito precisa vir acompanhada de medidas concretas de amparo às vítimas. “Muitas pessoas ficam completamente desassistidas, fragilizadas e abandonadas à própria sorte durante o processo de recuperação”, afirma.

Esse é o caso de Josivan da Silva, 38 anos, ajudante de obras, que ainda se recupera de um capotamento ocorrido em novembro de 2024, em Mossoró (RN). O acidente envolveu uma carreta e deixou Josivan com múltiplas fraturas. Desde então, ele depende de medicamentos, usa colar cervical e está afastado do trabalho por tempo indeterminado. “Não sei se poderei voltar a fazer tudo como antes”, desabafa.

Para mudar essa realidade, o CDVT tem articulado, em Brasília, uma proposta de criação de um seguro obrigatório específico para vítimas de acidentes de trânsito. A iniciativa tem sido apresentada a parlamentares e autoridades do Executivo, que demonstraram sensibilidade à pauta. “Estamos buscando apoio político para viabilizar uma proposta que garanta proteção às vítimas, especialmente as mais vulneráveis, que ficam totalmente desamparadas”, explica Almeida.

O modelo de seguro obrigatório não é uma novidade no mundo. A Suécia foi pioneira na adoção da medida em 1929, e hoje países como Peru, Equador e Venezuela já contam com o SOAT (Seguro Obrigatório de Acidentes de Trânsito), que cobre despesas médicas e hospitalares independentemente de culpa pelo acidente.

“Acreditamos que todos — motoristas, passageiros ou pedestres — têm direito a um atendimento digno e imediato após um acidente. O que não pode mais acontecer é ver vítimas sendo ignoradas pelo sistema público de assistência”, conclui o presidente do CDVT. (Com informações Assessoria de Imprensa – CDVT).

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