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Polícia Civil reconstitui homicídio de Célia Maria

Resultado da violência doméstica contra a mulher, o crime chocou a cidade

Publicado em 18/05/2011 10:13

Polícia Civil reconstitui homicídio de Célia Maria
Local onde o corpo de Célia foi deixado. (Foto: Luciana Aguiar)

Os peritos Fernando Perez e Robson Bernardes do Instituto de Criminalística de Paranaíba (MS), juntamente com o delegado Cleverson Alves dos Santos  realizaram ontem (17) em Costa Rica, a reconstituição do homicídio de Célia Maria de Paulo, 35 anos. Ela foi morta por asfixia no último dia 10, pelo então companheiro Ronair Luis de Paulo, 34 anos.

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O primeiro local da reconstituição foi a casa do casal, na rua Amazonas, no Sonho Meu 2. Ronair colaborou com a perícia e mostrou que quando Célia Maria saia para ir ao Fórum foi empurrada na parede, os dois entraram em luta corporal e como ela tinha menos força foi jogada ao chão e asfixiada até a morte. Para se defender Célia Maria arranhou com as unhas o pescoço de Ronair, vestígio que levou a Polícia Civil a desvendar o crime.

Durante a perícia na casa de Ronair, a polícia encontrou mais vestígios do crime. Parte dos documentos pessoais de Célia, que foram queimados por Ronair em uma bacia, foram encontrados nos fundos do quintal, dentro de um galinheiro.

Também ficou comprovado pela perícia que Ronair teve, durante o crime oportunidade de se arrepender. “Ele mostrou que Célia voltou a respirar por três vezes e vendo que ainda estava viva, novamente apertou o seu pescoço, até ser morta por asfixia”, explica o perito Fernando Perez.

A frieza de Ronair também ficou evidente durante a perícia. “Após matar, com a intenção de ocultar o cadáver, Ronair colocou a mulher no porta-malas do seu carro, um Siena cor vermelha, levou até a fazenda Catléia, distante 11 quilômetros de Chapadão do Sul (MS) e jogou em meio a uma plantação de algodão”, explica o perito Fernando Perez.

A perícia percorreu todo o trajeto feito por Ronair após cometer o crime. Ele levou os peritos e a polícia até a plantação de algodão onde anteriormente mostrou o local exato onde jogou o corpo de Célia e descreveu, com riqueza de detalhes a forma como dispensou o cadáver. “Eu cheguei aqui, como ela era pesada, dei ré no carro e coloquei o porta-malas em direção ao algodão. Daí abri o porta-malas, tirei ela e arrastei para o meio da lavoura. Só não levei mais longe porque o algodão estava alto e ficou difícil arrastar”, disse Ronair a perícia.

O homicida mostrou ainda a perícia que após ocultar o corpo de Célia, na volta para Costa Rica, jogou a bolsa dela, com os dois aparelhos de celular que possuía no meio da estrada. A bolsa não foi encontrada.

“Quando Ronair chegou em Costa Rica, foi em casa, tomou banho, saiu e foi ao banco Bradesco, onde sacou todo o salário que Célia havia recebido e depositou em sua conta corrente, no HSBC. Retornou para casa e na tentativa de apagar os vestígios do crime, queimou os cartões de crédito e os documentos pessoais de Célia”, conclui o perito Fernando.

Ronair e Célia trabalhavam como vigilantes para uma empresa que presta serviços para a Usina ETH, em Costa Rica.

“O relacionamento deles não estava bem e a Célia pretendia separar, tanto é que já tinha alugado uma casa, para onde se mudaria no dia 15 de maio”, explica o Delegado Cleverson Alves.

Segundo Ronair, Célia foi morta porque queria entrar com ação civil para obriga-lo a registrar a filha de 15 anos que tem com ela, e pagar pensão alimentícia.

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