Policiais Civis e Peritos Oficiais realizam manifestação por aumento salarial em MS
“Já perdemos 15 peritos do último concurso e este ano devemos perder mais 17 que já passaram em outros concursos”, afirma o presidente do SINPOF/MS
Publicado em 29/08/2024 15:27
Cerca de 500 policiais civis e peritos oficiais se reuniram na manhã de hoje (29) em frente à ALEMS - Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul - em um ato organizado pelo Sinpol/MS - Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul - e pelo SINPOF/MS - Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de MS. O movimento, denominado “Cumpra-se a Lei” e “Perícia Legal”, tem como principal reivindicação o aumento salarial prometido pelo governador Eduardo Riedel (PSDB).
Os manifestantes, portando faixas e cartazes, iniciaram a concentração por volta das 8h. Durante a sessão legislativa, que teve o plenário lotado, os policiais e peritos pediram o apoio dos parlamentares para intercederem junto ao Governo do Estado em favor de suas demandas.
Reivindicações e Realidade da Categoria
O presidente do SINPOF/MS, Francisco Orlando, destacou que Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a 24ª posição na tabela salarial a nível nacional, sendo o terceiro pior salário da categoria. Ele enfatizou a dificuldade em dialogar com o governo nos últimos 10 anos e alertou para a evasão de profissionais para outros estados que oferecem melhores remunerações.
“Já perdemos 15 peritos do último concurso e este ano devemos perder mais 17 que já passaram em outros concursos”, afirmou Orlando.
Apesar das reivindicações, o líder do governo, deputado Pedro Caravina, afirmou que o Estado não possui recursos para conceder o aumento solicitado. No entanto, ressaltou que o governo concedeu um auxílio saúde de 5% para delegados e auditores fiscais, cujos salários ultrapassam os R$ 20 mil reais. Orlando contestou, afirmando que os investigadores, escrivães, agentes de polícia científica, peritos criminais e médicos legistas não recebem o mesmo benefício, apesar de estarem expostos aos mesmos riscos e adoecerem igualmente.
Impasses e Respostas
O governo propôs a incorporação do auxílio-alimentação de R$ 400,00 ao salário, mas a medida foi rejeitada pelos sindicatos. A proposta, segundo os sindicatos, não traria benefícios reais, especialmente para os profissionais mais novos na carreira, devido à incidência de impostos. “Seria trocar seis por meia dúzia”, criticou o presidente do Sinpof/MS.
A manifestação reflete a insatisfação crescente entre os policiais civis e peritos oficiais de Mato Grosso do Sul, que buscam por melhores condições salariais e equidade de tratamento em relação a outras categorias do funcionalismo público. (Com informações Assessoria Sinpol/MS).
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