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Frio acaba e tempo seco volta a ser preocupação em todo o Mato Grosso do Sul

Previsão do Cemtec é que umidade relativa do ar possa baixar até 15%, enquanto temperatura pode atingir a marca de 41°C

Publicado em 27/08/2020 06:08

Hidratação é a principal recomendação para o período (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mato Grosso do Sul entra no último terço do inverno e vê o frio que causou arrepios na maioria dos sul-mato-grossense na última semana ir embora para, provavelmente, não voltar mais esse ano. Porém, as temperaturas elevadas que agradam a maioria trazem consigo uma preocupação rotineira para o Estado: o tempo seco e suas consequências.

Conforme o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cemtec), o céu deve permanecer claro e parcialmente nublado em todo o Estado de quinta-feira (27) a sábado (29), sem expectativa de chuva. Com isso, também devem ser enfrentados problemas com a umidade relativa, que ao mesmo tempo que pode chegar aos 85%, pode ir a preocupantes 15%.

O panorama para os três dias é de umidade alta na região sul do Estado durante o amanhecer, com queda considerável no decorrer do dia até atingir o menor número à tarde. Já para as regiões Norte, Noroeste e Bolsão existe um alerta à saúde em especial.

Entre as cidades que estão nessas regiões mais afetadas, se destacam Coxim, São Gabriel do Oeste, Sonora e Pedro Gomes no Norte, Corumbá e Ladário no Noroeste, e Três Lagoas, Paranaíba, Chapadão do Sul e Inocência no Bolsão.

No Sul do Estado, a temperatura deve seguir amena, sendo esperado para todo o Estado uma amplitude térmica que varia dos 13°C aos 40°C na quinta-feira (27), dos 13°C aos 41°C na sexta-feira (28) e dos 16°C aos 41°C no sábado (29).

Já em Campo Grande, a temperatura mínima esperada na quinta é de 21°C, enquanto a máxima prevista é de 35°C. Na sexta-feira, o Cemtec aponta que os termômetros devem variar da marca dos 23°C aos 34°C. Por fim, no sábado, a mínima deve ficar nos 25°C, enquanto a máxima pode chegar até aos 36°C. Os ventos devem permanecer fracos.

"No decorrer da semana, o anticiclone em níveis médios se amplifica e, desta forma, contribuirá para a manutenção do tempo seco em grande parte do Brasil", frisa a a coordenadora do Cemtec, Franciane Rodrigues, em relatório enviado à imprensa.

Tempo seco: preocupação

Com a possibilidade de chegar aos preocupantes 15%, a baixa umidade relativa volta a ser um problema a ser encarado nesse período - aumenta também o risco de incêndios. No caso da saúde, pequenas medidas podem auxiliar a encarar as mudanças do tempo.

"Particularmente temos um agravante aqui que é esse clima seco, e uma combinação disso com amplitude térmica, isso diminui a resistência dos mecanismos de defesa das vias respiratórias", explica pneumologista Ronaldo Perches Queiroz.

Ele ainda afirma que pode haver uma confusão entre sintomas de outras doenças virais com a covid-19, devido a semelhança entre elas no estágio inicial. "Dores no corpo, na cabeça, espirros, mal estar, tosse seca, são alguns deles. Os pacientes devem procurar assistência médica para receber orientação correta", sugere.

Pelos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade ideal é de 60%. Para reduzir as consequências do clima seco, a receita é investir na hidratação, consumindo muitos líquidos e lavando o nariz com soro fisiológico, além de hidratar a pele para evitar dermatites.

Evitar locais com aglomeração de pessoas e deixar os ambientes limpos e arejados, recomendação que se tornou típica em tempos de pandemia de covid-19, também são feitas quanto ao tempo seco. O uso de umidificadores de ar apenas por curtos períodos, para que não haja proliferação de mofo no ambiente, também é outra boa orientação.

O período recomendado para a prática de atividades físicas é antes das 10h e após as 17h, sendo salutar para o período usar roupas leves, fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras, além usar sombrinha ou guarda-chuva para andar nas ruas no período mais quente.

Fonte: Nyelder Rodrigues / Correio do Estado

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