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Viver sozinho é a escolha de quase sete milhões de brasileiros

O especialista também ressalta mudanças importantes ocorridas na família brasileira

Publicado em 27/07/2011 12:45

O número de brasileiros que vivem sozinhos triplicou desde 1991. Pela primeira vez esse número ultrapassou o das famílias com cinco integrantes. Agora o País conta com seis milhões e novecentas mil pessoas que não dividem seu lar com ninguém. O número representa 12 vírgula dois por cento dos domicílios, segundo os dados do Censo Demográfico de 2010 do IBGE, Instituto de Geografia e Estatística. Para o demógrafo da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, José Eustáquio Diniz Alves, o envelhecimento da população está diretamente ligado à essa mudança de comportamento social.

"Isso acontece muito, o mais forte disso , é o problema dos idosos. Porque o que que acontece: você tem um família, os filhos casam, saem de casa ai depois um dos dois cônjuges morre, você fica com uma pessoa sozinha dentro de casa. Esse que é o processo, junto com o envelhecimento da população, mais comum. Quanto maior for o envelhecimento populacional, maior vai ser o número de pessoas morando sozinhas".

O especialista também ressalta mudanças importantes ocorridas na família brasileira que contribuem para esse novo status familiar.

"Isso porque antigamente, as pessoas saiam da escola, arrumavam emprego e casavam. Hoje em dia, é muito comum a pessoa sair da escola, entrar no mercado de trabalho e montar uma casa pra ela própria, sem montar uma família. Então ela vai ficar um tempo morando sozinha, até encontrar um parceiro, aproveitando a vida".

Em 1960, a média de moradores por domicílio era de cinco vírgula três pessoas. Cinqüenta anos depois, esse número caiu para três vírgula três. Essa média é ainda bem maior do que a proporção em países europeus e nos Estados Unidos onde a média é de dois virgula cinco. (Agência do Rádio/Reportagem, Iuri Guerrero).

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