Polícia Federal confirma apreensão de documentos na prefeitura de Ponta Porã
Todos os documentos serão encaminhados ainda hoje para a Justiça eleitoral
Publicado em 29/09/2012 10:10
O delegado chefe da Polícia Federal de Ponta Porã, Jorge André Santos de Figueiredo, falou sobre a ação policial feita na manhã desta sexta-feira (28) na prefeitura da cidade, a pedido da juíza eleitoral, e confirmou a apreensão de documentos que havia sido negada pelo secretário municipal de finanças, João Marcos Lacoski.
“Todos os documentos serão encaminhados ainda hoje para a Justiça eleitoral. Como os mandados não são de investigação da PF não podemos dar detalhes sobre o assunto”, explicou o delegado.
A juíza eleitoral de Ponta Porã, Liliana de Oliveira Monteiro, declarou que não vai se pronunciar sobre a investigação que apura possível uso de dinheiro público na campanha do candidato a prefeito Helio Pelufo (PSDB). Segundo a magistrada, o caso está sob segredo de justiça.
De acordo com a juíza, somente depois do período eleitoral é que o processo deverá ser aberto. “Se trata de uma investigação judicial, com acompanhamento do MPE. Talvez em 15 dias quando a outra parte se justificar vamos falar sobre seu teor", declarou a magistrada.
Na manhã desta sexta-feira, a Justiça eleitoral expediu quatro mandados de busca e apreensão que foram executados por funcionários da Justiça eleitoral com apoio da Polícia Federal. Eles estiveram simultaneamente na secretaria municipal de finanças, na sede da empresa de comunicação que faz a campanha do candidato Helio Pelufo e em dois hotéis da cidade. Nesses locais foram apreendidos vários documentos e computadores.
Extraoficialmente, a informação é de que o prefeito Flávio Kayatt (PSDB) estaria custeando a hospedagem e alimentação dos funcionários da campanha de Hélio com dinheiro da prefeitura.
Procurado pela reportagem, o candidato tucano atribuiu as denúncias a politicagem. “Sou fazendeiro e produtor rural, não preciso de dinheiro da prefeitura nem de ninguém. Agora de onde saiu isso eu não sei, a Justiça é que vai dizer. O dinheiro que eu estimei é suficiente pra tocar a campanha que eu estou fazendo e está tudo declarado”, justificou Hélio.
O candidato da atual administração foi o que declarou menor projeção de gastos de campanha, sendo de R$ 900 mil, contra R$ 1,5 milhão declarado por Álvaro (PR) e R$ 2 milhões por Ludimar (PPS).
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