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Preço da carne bovina pode subir mais de 30% com entressafra

A estimativa é do analista pecuário Júlio Brissac

Publicado em 28/06/2011 11:11

A entressafra deste ano promete 'salgar' o preço da carne bovina para o consumidor sul-mato-grossense. O produto que já aponta majoração de 43,6% em um ano em Campo Grande deverá subir mais de 30% nos próximos meses. A estimativa é do analista pecuário Júlio Brissac. Ele destaca que com a chegada da entressafra a oferta de animais recua, elevando o custo para o varejo.

“Devemos ter a arroba do boi ultrapassando os valores históricos do ano passado, que chegaram a casa de R$ 120”, prevê. Isso significa um acréscimo de cerca de 33,3% ao atual valor da arroba, que está em R$ 90, em Mato Grosso do Sul – acréscimo que certamente será repassado ao consumidor.

A saída diante da disparada nas cotações é variar o cardápio, incluindo mais frango e suíno na mesa. Estes dois tipos de proteína animal tiveram reajustes bem menores nos preços neste período e até queda em alguns cortes. De acordo com dados da Rural Business, o frango inteiro congelado (quilo) caiu 6,12%, a coxa e sobrecoxa subiram 1,92% e o peito 4,76%. Já entre os cortes suínos, os mais consumidos, costela e pernil, caíram 5,26% e 10,57% o quilo, respectivamente. O lombo subiu apenas 0,67%.

Levantamento
Levantamento feito pelo Nepes/Anhanguera, mostrou que cortes como o cupim, por exemplo, passaram em um ano de de R$ 9,70 para R$ 13,93 o quilo no período, na Capital. Aumento de 43,6%. A alta atingiu 13 dos 14 cortes pesquisados pela entidade e ocorreu por conta da baixa oferta de gado para o abate, que tem deixado o produto cada vez mais valorizado no mercado.

A costela ripa foi outra que ficou bem salgada no último ano na cidade – subiu 29,3%. O corte, que é um dos mais consumidos entre as carnes de segunda, saltou da média de R$ 5,63 para R$ 7,28 o quilo. O lagarto inflacionou 18,08% no período, com o quilo saindo de R$ 10,67 para R$ 12,60.

Outro que também apresentou alta acima dos 15% foi o patinho, cujo preço ficou 17,6% maior, passou de R$ 11,70 para R$ 13,76 o quilo. Coxão mole, peito e paleta subiram 16,48%, 16,01% e 15,57% respectivamente.

Já os cortes mais nobres não ficaram tão mais caros e, inclusive um deles registrou queda nos preços – a única verificada em toda a pesquisa. A picanha subiu apenas 5,1% (de R$ 19,77 para R$ 20,78), a segunda menor alta entre os demais e, o filé mignon ficou 0,9% mais barato, com o quilo caindo de R$ 21,06 para R$ 20,87, em média. (Correio do Estado).

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