Cartões têm juros de até 601% ao ano
A facilidade no acesso desencadeou o descontrole no uso do dinheiro
Publicado em 20/08/2012 08:22
A taxa básica de juros (Selic), aquela que regula o custo do dinheiro para empréstimo, caiu de 10% para 8% nos últimos meses, mas nem por isso o brasileiro está pagando pouco na hora de financiar dívidas no cartão de crédito. Pelo contrário, o Brasil é disparado, o país da América Latina com maior oneração no dinheiro de plástico, chegando a 601,09% ao ano, com média de 323,14% ao ano, de acordo com a Associação Brasileira do Consumidor (Proteste).
Para se ter uma ideia do quão superior é a taxa cobrada pelos bancos para o serviço no Brasil, a segunda maior média é mais de cinco vezes menor que a nossa, de 55% ao ano, praticada pelo Peru. Na sequência, estão: Chile (54,2%); Argentina (50%), México (33,8%), Venezuela (33%) e Colômbia (29,2%).
E porque pagamos tão caro pelo rotativo do cartão de crédito? Por causa da inadimplência – como o mercado é livre, quanto mais calote os bancos levam, mais as taxas são elevadas, para compensar essas perdas. A facilidade no acesso desencadeou o descontrole no uso do dinheiro de plástico fazendo dele, o grande vilão do orçamento das famílias brasileiras.
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