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Líder supremo do Irã, aiatolá ‘curte’ Facebook

As forças de segurança sufocaram as revoltas

Publicado em 18/12/2012 10:18

O Facebook, proibido no Irã devido ao uso da ferramenta por ativistas de oposição ao governo em 2009, tem um novo membro pouco comum: o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei. Lançada no último dia 13, a página na rede social “Khamenei.ir” mostra fotos do clérigo, de 73 anos, além de discursos e pronunciamentos do homem que ostenta o poder da palavra final na república islâmica.

Apesar de haver várias páginas no Facebook serem destinadas a Khamenei, a nova, cujo número de “curtidas” já passava dos 2.300 mil na tarde desta segunda-feira, aparenta ser autorizada oficialmente. Ele foi divulgada por meio de uma conta no Twitter de mesmo nome, que alguns especialistas no Irã acreditam ser gerenciada pelo gabinete de Khamenei.

Ambas as redes sociais, com sede nos EUA, estão bloqueadas no Irã, por uma censura governamental generalizada, mas são usadas frequentemente por milhões de iranianos, que usam um software especial para burlar a proibição. Em 2009, as redes foram fundamentais para os iranianos que acreditavam que a reeleição do presidente Mahmmoud Ahmadinejad havia sido fraudada.

O Facebook foi empregado para ajudar a organizar protestos em uma escala jamais vista desde a revolução islâmica de 1979. As forças de segurança sufocaram as revoltas - que o governo afirmou terem sido alimentados por inimigos internacionais do Irã. Os líderes dos protestos seguem sob pressão domiciliar.

A página recém-criada compartilhou, na última sexta-feira, uma foto de um Khamenei jovem, ao lado do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruholá Khomeini, no início da década de 1970. As postagens têm tom, estilo e e conteúdo similares às das contas criadas para difundir a mensagem de Khamenei no Twitter e no Instagram, assim como o site www.khamenei.ir, que tem conteúdo traduzido para 13 idiomas.

Especialistas disseram que as contas em redes sociais mostram que o Irã, apesar das restrições de acesso, tende a usar as ferramentas para difundir seu ponto de vista a uma audiência mundial.

- As redes sociais dão ao regime outro meio de comunicação, que pode compartilhar sua mensagem com uma audiência mais jovem e bem mais internacional - disse Afshon Ostovar, analista de Orienta Médio na CNA, organização de investigação com sede nos EUA.

O Irã está envolvido em uma disputa com o Ocidente, pelo seu programa nuclear, que os EUA e aliados suspeitam que esteja destinado a desenvolver uma bomba, algo que Teerã nega repetidamente.

Fonte: O Globo

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