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Blairo Maggi recusa convite para assumir Ministério dos Transportes

O deputado Edson Giroto (PR/MS) é o mais novo nome apontado pelo PR para ocupar o Ministério dos Transportes

Publicado em 08/07/2011 16:39

O senador Blairo Maggi (PR-MT) recusou o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério dos Transportes no lugar de Alfredo Nascimento, demitido na última quarta-feira . A informação foi divulgada no Twitter do colunista do GLOBO , Jorge Bastos Moreno, perto das 16h. "Conflitos de interesses e impedimentos levam Blairo a recusar agora, neste momento, convite da Dilma", diz o jornalista no microblog. Edson Giroto (MS) é o novo nome apontado pelo PR.

Segundo Moreno, a decisão foi tomada nesta sexta-feira em reunião do grupo politico em Cuiabá. As empresas de Blairo têm negócios com o governo. "Não quero criar constrangimentos para a presidente", disse Blairo na reunião.

O senador de Mato Grosso está irritado com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e com o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Segundo o colunista, o PR ameaça sair do governo.

Paulo Sérgio Passos é o interino no comando do Ministério dos Transportes e teria a confiança da presidente Dilma Roussef para ficar à frente da pasta. O PR, que comanda os Transportes, entretanto, não gostaria da sua permanência. O partido prefere um ministro com um perfil "político" e menos técnico.

Edson Giroto é a aposta do PR
O deputado federal Edson Giroto, do Mato Grosso do Sul, é o mais novo nome apontado pelo PR para ocupar o Ministério dos Transportes. A sugestão de Giroto surgiu em reunião realizada ontem, no Congresso Nacional, entre o líder do partido na Câmara, Lincoln Portela (MG), o deputado Luciano Castro (RR) e o senador Blairo Maggi (MT), ambos também cotados para o cargo.

Giroto foi durante dez anos secretário de Obras de Campo Grande - nos dois mandatos do então prefeito Andre Puccinelli (PMDB), atual governador, e nos dois primeiros anos da gestão do prefeito Nelson Trad Filho, também pemedebista.

Em seguida, assumiu a Secretaria Estadual de Transportes, quando Puccinelli tornou-se governador. Ficou três anos e meio na pasta até se eleger deputado, já pelo PR, após 13 anos filiado ao PMDB.

Engenheiro civil, Giroto foi presidente do Conselho Nacional dos Secretários dos Transportes (Consetrans) e participou da formulação do Plano Nacional de Logística e Transportes, quando entrou em contato com a presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil do governo Lula.

O deputado também já atuou com a atual ministra da pasta, Gleisi Hoffmann, quando ela era secretária extraordinária de Reforma Administrativa do Mato Grosso do Sul, no governo José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT.

Giroto é um dos expoentes do grupo político do governador Puccinelli, que teve um histórico de animosidade com o governo Lula, mas tenta se aproximar de Dilma. "Nunca houve conflito. Há uma grande afinidade entre o governador e a presidente. São parecidos no modo de lidar com a gestão. São cobradores", afirma.

Sobre processos movidos contra ele, um dos quais pela compra de uma fazenda no município de Rio Negro, em 2009, Giroto afirma que nada melhor do que a Justiça para provar sua inocência. "São dois ou três processos, já estão em fase final", disse.

O deputado também é apontado como um dos nomes do grupo político para suceder Nelson Trad na Prefeitura de Campo Grande. (O Globo).

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