Prefeito delegado Cleverson e seu grupo político liderado pela família Baird causam prejuízo milionário e atrasos em obra essencial para Costa Rica

A administração do prefeito de Costa Rica/MS, delegado Cleverson Alves dos Santos (PP), tem sido marcada por uma série de controvérsias e ineficiências que prejudicam o desenvolvimento da cidade. Assim que assumiu a prefeitura em 2021, o burgomestre cancelou a licitação da obra de pavimentação da continuação do Anel Viário saindo do Aeródromo Municipal (MS-135) até a saída para Figueirão (MS-223), na época o valor do empreendimento era de R$ 8.200.000,00, sendo 100% de recursos próprios deixados pelo ex-prefeito Waldeli dos Santos Rosa (MDB).

Passados mais de três anos e meio, o prefeito delegado Cleverson resolveu relançar a obra neste mês, porém no valor de R$ 11.448.766,39, ou seja, aumentou em mais de R$ 3,2 milhões, sem falar que ele teve que solicitar “empréstimo” junto a FINISA - Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento - da Caixa Econômica Federal. A pergunta é: onde foram colocados os R$ 8.200.000,00 de Recursos Próprios deixados no Caixa da Prefeitura pelo ex-prefeito Waldeli para a conclusão dessa importa obra para a comunidade costarriquense?

Atraso
Idealizada, projetada e licitada na gestão do ex-prefeito Waldeli no ano de 2020, no valor de R$ 8,2 milhões, porém na época teve pedido de embargo ao TCE - Tribunal de Contas do Estado - feito pelo grupo do atual prefeito liderado pelo ex-prefeito Jesus Queiroz Baird (PP), o vereador Artur Delgado Baird (PP) e o atual vice-prefeito Ronivaldo Garcia Cota (PSDB).

Por estar dentro de todas as legalidades o pedido dos adversários foi negado pelo TCE/MS, e Waldeli na época seguiu com a obra onde pavimentou as serras da Anta, da Ponte de Pedra e do Cemitério Jardim, além fazer a ponte de concreto do Córrego Imbirussu, e ainda deixou os R$ 8,2 milhões para concluir a pavimentação do trecho, conforme as próprias palavras do vereador Rayner Moraes Santos que em julho de 2021, quando era oposição ao prefeito delegado cobrou conclusão da obra.

“A ponte do córrego Imbirussu já está pronta, então precisamos somar forças e buscar uma maneira para que essa pavimentação seja realizada o mais rápido possível, pois falta apenas um único pedaço para concluir”, disse na época o Emedebista que agora é tucano.

A idealização da continuação do Anel Viário da MS-135 até a MS-223 iniciou em março de 2020, quando o então prefeito na época, por meio dos Decretos Ns° 4.626 e 4.717 autorizou a “ampliação do perímetro urbano do município de Costa Rica”, posteriormente abriu o processo licitatório para início da obra e chegou a assinar o contrato com a empresa vencedora do certame, porém o atual prefeito delegado Cleverson, assim que assumiu a Prefeitura em 2021, cancelou a obra.

O projeto passou a ser reavaliado em março de 2022, quando a Câmara de Vereadores de Costa Rica autorizou o atual prefeito a contratar o FINISA/Caixa para ser utilizado nas obras de relevância pública no município.

Conforme o Art. 1º, da Lei N° 1.655, de 29 de março de 2022, "fica o município de Costa Rica/MS, através do Poder Executivo, autorizado contratar operação de crédito, junto à Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 20.045.000,00 (vinte milhões e quarenta e cinco mil reais), com garantia da União, destinados obras de pavimentação asfáltica no Novo Anel Viário CR-24 entre a MS-135 e MS-223; obras de construção do Centro de Especialidades Médicas Policlínica Adulto e Infantil, e ainda, obras de ampliação da Fundação Hospitalar, observada a legislação vigente, em especial às disposições da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000”.

“Infelizmente o atual prefeito tentou desviar a finalidade desse financiamento, o que foi prontamente rejeitado pela Casa de Leis. Todas essas manobras, que eles começaram em 2020, não só atrasaram o início dessa importante obra por mais de três anos, mas também resultou em um prejuízo de mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos, uma vez que o primeiro valor licitado era de pouco mais de R$ R$ 8 milhões em 2020 e hoje é de R$ 11,4 milhões”, lamentou o vice-presidente da Câmara de Vereadores, Averaldo Barbosa da Costa (MDB).

Em contraste, a administração anterior do ex-prefeito Waldeli que deixou um legado de planejamento e recursos que foram negligenciados pelo governo atual. A ineficácia da administração atual é ainda mais evidente quando comparada ao trabalho do ex-prefeito, que, junto com o ex-governador André Puccinelli (MDB), entregaram a construção do Anel Viário e Waldeli seguiu com o projeto usando 100% dos Recursos Próprios, até o prefeito delegado Cleverson interromper esse sonho da população costarriquense.

“Diferentemente do que se tenta promover atualmente, a obra em questão não é o anel viário, que foi concluído na administração anterior, mas sim uma nova intervenção que visa retirar o fluxo pesado da cidade”, esclareceu Barbosão.

Para a presidente do Poder Legislativo Municipal, vereadora Rosângela Marçal Paes (MDB), “à população quando escolhe seus representantes é para que tenham compromisso, transparência é comprometimento, com os recursos públicos. Ela deixa claro que precisa ter mais respeito com a população do município .

Já na avaliação do vereador Ailton Martins de Amorim (MDB), "enquanto Waldeli se destacou pelo planejamento e execução eficiente de projetos, o prefeito delegado Cleverson parece mais focado em ineficiências e inverdades, gerando custos adicionais e atrasos desnecessários, esta situação não só coloca em risco o desenvolvimento econômico e social da cidade, mas também evidencia a falta de compromisso da atual administração com os interesses da população”,  criticou o Emedebista. 

Assessoria