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Mesmo com tendência de surto de Covid em Campo Grande, uso de máscaras é exceção

Etiqueta respiratória é adotada por poucos e buscas por EPI não foram retomadas mesmo com risco de surto

Publicado em 18/12/2023 09:00

O possível surto de Covid-19 que fez com que as autoridades em saúde recomendassem até reforço de vacinação no público vulnerável não motivou aumento da procura por máscaras de proteção nas farmácias em Campo Grande, mesmo com o uso desses itens, ao lado da imunização, fortemente recomendado pelas autoridades de saúde.

Mesmo assim, a cidade está cheia daqueles que adotaram a etiqueta respiratória - quando o uso da EPI (Equipamento de Proteção Individual) é adotado para evitar transmissão ou contaminação pelos vírus respiratórios. Os adeptos até destoam em meio a multidão por exibirem as máscaras em meio a dezenas de outros desprotegidos. Seria o medo de perder as festas de fim de ano no isolamento?

Pode ser somente prevenção, como conta a advogada de 26 anos Débora Ferreira. "Eu e minha mãe, que já é idosa, as utilizamos por precaução e responsabilidade com nossa saúde e a dos outros. Seja descartável ou de tecido, conta à reportagem".

Na linha de frente do atendimento ao público, Márcio Ferreira dos Santos, de 45 anos, também utiliza as máscaras. Segundo ele, devido à circulação do vírus, que tende a aumentar no fim do ano. À reportagem, ele contou até que é questionado por clientes por seguir utilizando o EPI.

Itens de proteção têm pouca saída

Mesmo com aqueles que seguem com a etiqueta respiratória, o mercado de máscaras, tanto descartáveis quanto reutilizáveis, vive certa estagnação. Atendente de farmácia, Hailton Gomes relata que a procura por máscaras descartáveis diminuiu.

"As pessoas não procuram mais [as máscaras] em excesso. A verdade é o que quase nem procuram. Um ou outro. Procuram uma, duas unidades... No máximo uma meia dúzia. No máximo. A grande procura terminou", detalha.

Também atendente de farmácia, Rauni Dias Correia também confirmou ao Jornal Midiamax que procura por máscaras caiu desde a liberação. Contudo, o que segue na preferência dos clientes é o teste de covid-19. "A procura do teste é maior. Vende mais testes do que máscaras de proteção individual", conclui.

Situação em Capitais

Campo Grande está entre as dez capitais que mostraram sinal de aumento nos casos de Covid-19, ao lado de Aracaju, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Rio de Janeiro, Salvador, Teresina e Vitória. Com isso, a SES recomendou dose de reforço da vacina bivalente, a mais atualizada, para idosos e pessoas imunodeprimidas.

Segundo a Fiocruz - Fundação Oswaldo Cruz - cidades como Fortaleza, João Pessoa e Salvador apresentam aumento, especialmente entre a população mais idosa. Em Aracaju e Maceió, o sinal pode indicar um início de ciclo, mas com um número relativamente baixo de casos.

No Rio de Janeiro, o crescimento recente é observado em crianças de 2 a 14 anos, sem indicações diretas de associação à COVID-19. Curitiba mostra uma situação semelhante. Campo Grande, Florianópolis, Teresina e Vitória apresentam apenas oscilações, segundo a análise por faixa etária.

Em contraste, no centro-sul, o cenário não mudou, mantendo-se uma tendência de queda nos casos. Minas Gerais interrompeu o crescimento e permanece em fase estável. Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que registraram leve aumento recentemente, agora são classificados como oscilação, conforme informou Marcelo Gomes, pesquisador do Procc/Fiocruz e coordenador do InfoGripe.

Por Rafael Dias / Midiamax

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