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Acusado de mandar matar dentista é condenado a 6 anos de prisão

Oswaldo José de Almeida Júnior foi julgado hoje no Tribunal do Júri em Campo Grande

Publicado em 04/09/2012 18:03

Oswaldo José de Almeida Júnior,

Oswaldo José de Almeida Júnior,  mais conhecido como “Dinho”, 53 anos, é condenado a 6 anos de prisão, por ter mandado executar uma mulher em Costa Rica (MS).

Ele foi a júri popular hoje (04), em Campo Grande (MS). O crime aconteceu em julho de 2009, em Costa Rica (MS), mas o júri foi realizado na Capital a pedido dos advogados de “Dinho”.

Conforme a polícia, a morte da mulher foi encomendada de dentro da cadeia de Costa Rica, por R$ 30 mil. As investigações apontaram que na cadeia “Dinho” envolveu Jair Roberto Cardoso, 24 anos, no plano. E foi ele quem intermediou a contratação da pessoa que a mataria.

De acordo com testemunhas do processo, Jair  Cardoso contratou José Gleijano de Oliveira, 35 anos para executar o crime. Sem coragem, Gleijano contratou Jair dos Santos Souza, 28 anos, que acabou atacando a mulher e aplicou nela duas injeções do veneno conhecido como “Chumbinho”, após invadir o consultório da vítima em Costa Rica. A mulher foi levada para Campo Grande onde ficou internada e sobreviveu.

As apurações mostraram que Dinho queria que a mulher fosse morta a facadas. Durante a ação, foi levado o celular e dinheiro dela, a intenção era que o crime se passasse como latrocínio – roubo seguido de morte.

Dinho é visto como uma pessoa perigosa e, segundo disse à Polícia José Roberto Cardoso, tinha planos de matar outras pessoas em Costa Rica.

O executor do crime Jair dos Santos Souza e seu contratante José Gleijano, também já foram a júri popular, sendo ambos condenados a pouco mais de 8 anos de prisão, por tentativa de homicídio qualificada.

Periculosidade

Devido ao alto grau de periculosidade, após envolver-se com organizações criminosas e comandar de dentro do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande o tráfico de drogas e ter um carregamento de mais de mil quilos de maconha e cocaína apreendido, “Dinho” foi transferido para o Presídio Federal, onde continua detido.

Oswaldo Júnior é acusado ainda de mandar matar também em 2009 o advogado Nivaldo Nogueira, do qual foi cliente e amigo durante muitos anos.

“Dinho” ainda responde a diversos processos por agiotagem, tentativa de homicídio de Rodrigo Batista Flores, o qual teria sido confundido com Michel Leandro dos Reis, que confessou ter atirado no advogado Nivaldo.

Em março deste ano policiais do Garras – Grupo Armado de Repressão a Roubos Assaltos e Sequestros, encontraram uma ossada humana na fazenda Santa Maria, próximo a Figueirão (MS), durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

Exames apontaram que os ossos são de uma mulher, com idade entre 19 e 30 anos, que foi morta há mais de 5 anos. O crime está sendo investigado pelo Garras.

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