Vereadores negam morte e dizem ser vítimas de perseguição política
Eles estavam presos desde o dia 20 de julho e saíram da cadeia por determinação judicial
Publicado em 13/08/2011 08:00
Soltos na sexta-feira por determinação judicial após 22 dias na cadeia, os vereadores de Alcinópolis Valter Roniz (PR), Enio Queiroz (PR) e Valdeci Lima (PSDB), choraram, negaram participação no assassinato do colega Antônio Carlos Carneiro e afirmaram que a acusação contra eles tem cunho político.
Valdeci, vice-presidente da Câmara do município, se defende dizendo que ficou surpreso na época do crime, ocorrido em outubro do ano passado, em Campo Grande, e que não fazia parte do legislativo municipal.
“Eu não sabia de nada porque eu não fazia parte da Câmara. Eu era diretor do hospital municipal”, lembra Valdeci, que assumiu a vaga na Câmara porque era suplente de Antônio Carneiro.
Ele fala ainda que Antonio Carneiro estava na Capital para contratar um advogado para trabalhar pela Câmara. Valdeci explica que o Tribunal de Contas do Estado pedia a devolução do duodécimo da casa de leis e eles queriam usar o dinheiro para construir a sede própria.
Questionado sobre um suposto dossiê que estaria com a vítima, Valdeci declara que não sabe sobre tais papéis.
Ele os demais vereadores agora soltos, afirmam que já na segunda-feira vão pedir a reintegração da mesa diretora da Câmara de Alcinópolis.
Em defesa - Ex-vereadora do município e diretora da rádio da cidade, Cristina Caputo sai em defesa de Valdeci, Enio e Valter, e ainda do prefeito Manoel Nunes (PR), o qual continua preso.
“Tudo isso é pura política. O seu Alcino [pai de Antonio Carneiro] queria o poder”, acusa Cristina. Ela explica, que na sua avaliação sobre os fatos, Alcino contribuiu para as prisões porque “com todo mundo preso anularia a mesa da Câmara, montaria uma nova e cassaria o prefeito”.
“No outro dia [das prisões] ele [Alcino] em vez de estar chorando a morte do filho estava atrás de política”, fala Cristina sobre o fato de Alcino ter assumido a prefeitura.
Segundo ela, a maioria dos moradores do município é a favor do prefeito Manoel Nunes, o qual, conforme Cristina, deve ser liberado nos próximos dias.
Soltura - Os três foram soltos por determinação da desembargadora Marilza Lúcia Fortes, em resposta a pedido de relaxamento de prisão feito pelo advogado Divanildo Heleno de Paula.
Segundo Divanildo, eles foram soltos porque a prisão temporária já perdeu a legalidade porque já houve indiciamento.
O advogado diz que a Polícia Civil pediu a prisão preventiva dos suspeitos, mas, para ele, deve ser negada.
O crime - Antonio foi atingido por tiros quando estava em Campo Grande, em outubro do ano passado. Logo após os disparos, os executores foram presos por policiais civis que passavam pelo local e continuam na cadeia. (Campo Grande News).
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