Hospital do Câncer de Barretos pode se instalar em MS
A expectativa é que o contrato seja assinado na próxima semana
Publicado em 15/08/2011 08:21
O Hospital de Câncer de Barretos, referência no país no tratamento da doença, vai administrar dois centros de diagnóstico a serem construídos em Campo Grande e Dourados e que deverão estar prontos até o final deste ano. A diretoria do hospital confirmou que está em negociação com o pecuarista de Mato Grosso do Sul Antônio Moraes dos Santos para instalar as duas unidades em Mato Grosso do Sul. A prefeitura da Capital deverá doar o terreno para o hospital, que atende por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que o contrato seja assinado na próxima semana.
Segundo o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), foram oferecidas algumas áreas para a instalação da unidade na Capital, dentre elas, um terreno de um hectare, localizada na região do bairro Aero Rancho, nas proximidades do Hospital Regional. A equipe do Hospital de Barretos ainda precisa verificar se o local atende às necessidades da instituição. "Eles querem um local próximo de algum hospital para servir de base de apoio", explicou. "A intenção é construir uma unidade de tratamento e prevenção. Teria uma unidade móvel de prevenção, que circularia na cidade, e um fixo, cuja construção demandaria aproximadamente R$ 12 milhões".
Em matéria divulgada ontem no jornal Folha de S. Paulo, a diretoria do Hospital de Câncer de Barretos informou que a atuação em outros Estados é uma prática de praxe da instituição, que circula pelo país com uma unidade móvel equipada para fazer o diagnóstico da doença. Segundo o hospital, as unidades de detecção de câncer terão capacidade para atender gratuitamente 50 mil pessoas por ano nas duas cidades, mas não farão parte da rede pública. Em ambos, será possível fazer o diagnóstico de câncer de mama, próstata e pele e exames de papanicolau.
Doador
No ano passado, o pecuarista anunciou a doação de R$ 23 milhões para o Hospital do Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande. O dinheiro seria usado para construir um anexo de oito andares, mas o acordo não foi firmado porque, segundo Antônio Moraes, a entidade não aceitou cumprir a cláusula da impenhorabilidade do prédio. O pecuarista havia condicionado a doação à garantia de que o terreno e o futuro prédio não poderiam ser vendidos, hipotecados ou revertidos para outra finalidade, que não o atendimento hospitalar à comunidade carente.
Na época, o advogado do hospital disse que tratava-se de um "impasse burocrático perante o cartório", mas estavam tentando resolver o problema quando o pecuarista desistiu da doação. Devido a esse impasse, a reportagem foi informada que o pecuarista não dará detalhes do empreendimento até que o contrato seja firmado, o que deve ocorrer na próxima semana. (Correio do Estado).
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