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Com mais de 40 mil casos e 40 mortes por Dengue, SES alerta "prevenção ainda é o melhor remédio"

Conforme o último Boletim Epidemiológico Dengue, Mato Grosso do Sul possui mais de 40.176 casos e 40 óbitos, o dobro do registrado no ano de 2022

Publicado em 20/11/2023 08:23

Acumulo de água parada em terrenos baldios favorece a reprodução do mosquito da dengue (Foto: Gerson Oliveira / Correio

As altas temperaturas climáticas registradas em Mato Grosso do Sul formam um ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti, causador de diversas doenças, sobretudo da Dengue. Segundo o último Boletim Epidemiológico Dengue, divulgado na terça-feira (14), o estado possui 40.176 casos confirmados da doença e 40 óbitos por dengue, somente neste ano.

O número de casos e de mortes é visto com preocupação pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MS), já que representa o dobro das ocorrências registradas no ano passado. Em 2022, foram contabilizados 21.328 casos da doença.

Entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 74 deles classificam-se com alta incidência de casos prováveis, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ribas do Rio Pardo, Terenos, Paranaíba e Tacuru apresentam incidência média, enquanto apenas Aparecida do Taboado atinge baixa incidência.

A enfermeira da SES, Bianca Modafari Godoy destaca que em casos de suspeitas de Dengue, o ideal é manter a hidratação e o repouso, além de buscar atendimento em uma unidade de saúde mais próxima. O acompanhamento do paciente é indispensável para o monitoramento e o tratamento adequado dos sintomas.

“Importante ressaltar que não deve se automedicar, pois caso faça uso de antiinflamatórios como aspirinas pode piorar a coagulação sanguínea e consequentemente o estado de saúde, já que a dengue pode causar hemorragia”, recomenda a profissional da saúde.

Municípios

Campo Grande lidera a lista com o maior número de casos confirmados da doença, com 11.801, seguida por Três Lagoas (4.613) e Corumbá (2.202).

Apesar da capital apresentar altos números de contaminação, possui baixa incidência por número de habitantes. O município de Alcinópolis é responsável pela maior incidência de confirmações do estado, com 9.036,8.

A enfermeira da SES alerta que a doença pode atingir todas as idades, com gravidade e impactos que podem variar. Além disso, crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico vulnerável representam os grupos mais afetados pela dengue.

“Isso ocorre porque esses grupos podem ter mais dificuldade em lidar com a infecção e desenvolver complicações graves devido à resposta do sistema imunológico e a capacidade de combater o vírus limitada”, explica Bianca.

MS na contramão

Se os casos em Mato Grosso do Sul aumentaram em relação ao ano anterior, no restante do país os índices tem diminuido, de acordo com o Ministério da Saúde.

“Na 15ª semana do ano, de 9 a 15 de abril, foram registrados 114.255 casos suspeitos da doença. Na 35ª semana, de 27 de agosto e 2 de setembro, houve 3.254 casos de dengue”, informou o ministério à Agência Brasil.

Com uma“expressiva queda” de 97% do número de casos notificados de dengue no Brasil, entre abril e setembro. o Ministério da Saúde atribui o resultado as parcerias adotadas com secretarias estaduais e municipais de Saúde.

Por fim, o Ministério destaca que em 2023, o total de “casos prováveis” da doença registrados até final de agosto estava em pouco mais de 1,5 milhão - número ligeiramente maior do que o anotado durante todo o ano de 2022, quando houve quase 1,4 milhão de registros.

Cuidados e prevenção

Além da dengue, o Aedes aegypti também é o mosquito transmissor de doenças como a Chikungunya e o Zika Vírus. A SES reitera que melhor remédio ainda é a prevenção.

Entre as medidas para controlar sua proliferação e evitar a contaminação, recomenda-se:

Evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris d' água ou caixas d’água;

Acondicionar pneus em locais cobertos;

Remover galhos e folhas de calhas;

Não deixar água acumulada sobre a laje;

Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana

Fazer sempre a manutenção de piscinas.

Ainda, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar também dor abdominal, vômitos persistentes, diarréia, desânimo e sangramento de mucosa.

Em caso de dúvidas ou denuncias, entre em contato com o Plantão CIEVS Estadual através do disque-notifica pelos telefones: (67) 9 8477-3435, 0800-647-1650 ou (67) 3318-1823.

Por Suelen Morales / Correio do Estado

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