Inverno começa nesta sexta-feira (20), com solstício às 23h42

O inverno de 2025 tem início oficial nesta sexta-feira, 20 de junho, às 23h42 (horário de Brasília), com a ocorrência do solstício de inverno no Hemisfério Sul. O fenômeno astronômico marca a transição das estações e provoca alterações perceptíveis na duração dos dias e das noites, iniciando o período mais frio do ano.

Durante o solstício de inverno, o Sol atinge sua menor altura no céu ao meio-dia, resultando na noite mais longa do ano. A partir dessa data, os dias voltam a se alongar gradualmente até o próximo equinócio, no fim de setembro.

A astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional (ON/MCTI), explica que as estações do ano são causadas pela inclinação do eixo da Terra em relação à sua órbita ao redor do Sol. “O início das estações está associado aos solstícios, que ocorrem no verão e no inverno, e aos equinócios, que marcam a chegada da primavera e do outono”, detalha.

O que é o solstício?
O termo “solstício” vem do latim solstitium, que significa “sol parado”. Antigos observadores notaram que, ao longo do ano, o Sol muda sua posição no céu ao nascer e se pôr. Nos solstícios, ele atinge seu ponto mais afastado do leste ou do oeste e parece permanecer por alguns dias nessa posição, antes de “voltar”.

Essa variação pode ser observada por quem acompanha o nascer e o pôr do sol diariamente. Nos equinócios, o Sol nasce exatamente no leste e se põe no oeste. Após isso, começa a se afastar desses pontos até atingir o extremo no solstício.

Variação na duração dos dias
No solstício de inverno, os moradores de regiões mais distantes do equador percebem de forma mais intensa a diferença na duração dos dias. Quanto maior a latitude, mais acentuadas são essas variações. Já em regiões próximas ao equador, essa mudança quase não é perceptível.

Nos anos mais recentes, o início do inverno tem variado entre os dias 20 e 21 de junho — diferença causada pela discrepância entre o ano civil e o ano trópico (tempo real entre solstícios). Esse descompasso é ajustado pelo calendário bissexto.

O Observatório Nacional reforça que a observação direta do Sol deve ser feita com equipamentos e filtros adequados, para evitar danos à visão. Alternativas seguras incluem telescópios com filtros apropriados ou métodos indiretos de visualização. (Com informações Observatório Nacional).

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